terça-feira, 16 de maio de 2017

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 16 de maio de 2017


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Nossa maior riqueza: Governador pede a ministro que carvão seja mantido na matriz energética
Sartori defende que mineral mantenha participação nos leilões de energia

O governador José Ivo Sartori se reuniu na última semana com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, em Brasília. O encontro, no fim da tarde de quinta-feira (11), foi para tratar sobre políticas públicas para o carvão do Rio Grande do Sul. Segundo o governo, o Estado tem boas re - servas e trabalha para atrair novos investimentos. O secretário de Minas e Energia, Artur Lemos, acompanhou o governador. Sartori defende que o governo federal mantenha o carvão no plano de energia do país. A ideia não é aumentar sua participação na matriz energética, mas manter o percentual nos novos leilões e modernizar os equipamentos. “Nosso Estado precisa de investimentos nessa área, sempre em sintonia com o cuidado ambiental”, destacou Sarto - ri, que em junho visitará uma usina modelo no Japão. O Brasil possui a 14ª reserva mundial de carvão, e 90% da reserva brasileira está no Rio Grande do Sul, sendo a maioria dela em Candiota. Atualmente, além da Usina de Candiota, que pertence ao governo federal, a Engie Energia está construindo a UTE Pampa Sul, com capacidade de 340 MW – ambos em Candiota. Ainda há os projetos já com licenciamento ambiental prévio (LP) e aptos a participarem dos leilões de energia - da UTE Seival (600 MW), da Eneva, em Candiota, e da UTE Ouro Negro (700 MW), em Pedras Altas. 

PRIVATIZAÇÃO – O governador defende a indústria carbonífera, porém sem a intervenção do Estado. Atualmente as maiores reservas estão sob o domínio do go verno, através da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), que Sartori pretende vender ou repassar a União, através de uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC), que tramita desde o ano passado na Assembleia Legislativa desde o ano passado, mas que não vai à votação por falta de votos favoráveis. Na PEC, o governo propõe a retirada do plebiscito para poder privatizar ou federalizar a CRM, a CEEE e a Sulgás. 

EÓLICA - Na audiência, Sartori também pediu a atenção do governo federal Sartori defende que mineral mantenha participação nos leilões de energia para o novo sistema de transmissão que irá viabilizar o escoamento da energia de futuros parques eólicos no Rio Grande do Sul. A Eletrosul é, atualmente, a maior investidora, mas enfrenta dificuldades financeiras. O lote A dos empreendimentos compreende 2,1 mil quilômetros de linhas de transmissão, oito subestações e ampliação de treze unidades existentes. O investimento ultrapassa R$ 3 bilhões. O prazo de conclusão das obras é de três anos, a contar da assinatura dos contratos. A Eletrosul negocia com a chinesa Xangai Elétric a transferência do empreendimento. O secretário de Minas e Energia reforçou a necessidade da participação do Ministério para garantir o sucesso das negociações. Há ainda potencial para estabelecer um novo ponto de atendimento do Norte do estado e aumentar a confiabilidade no fornecimento de energia para a Região Metropolitana de Porto Alegre. O ministro se comprometeu em criar um grupo de trabalho com técnicos dos governos estadual e federal, para dar celeridade aos encaminhamentos sobre o tema.

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