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Nossa maior riqueza: Governador pede a ministro que carvão seja mantido na matriz energética
Sartori defende que mineral mantenha participação nos leilões de energia
O governador José Ivo
Sartori se reuniu na
última semana com o
ministro de Minas e Energia,
Fernando Coelho Filho, em
Brasília. O encontro, no fim
da tarde de quinta-feira (11),
foi para tratar sobre políticas
públicas para o carvão do
Rio Grande do Sul.
Segundo o governo, o Estado tem boas re
-
servas e trabalha para atrair
novos investimentos. O secretário de Minas e Energia,
Artur Lemos, acompanhou o
governador.
Sartori defende
que o governo federal mantenha o carvão no plano de
energia do país. A ideia não
é aumentar sua participação
na matriz energética, mas
manter o percentual nos
novos leilões e modernizar
os equipamentos. “Nosso
Estado precisa de investimentos nessa área, sempre
em sintonia com o cuidado
ambiental”, destacou Sarto
-
ri, que em junho visitará uma
usina modelo no Japão.
O Brasil possui
a 14ª reserva mundial de
carvão, e 90% da reserva
brasileira está no Rio Grande
do Sul, sendo a maioria dela
em Candiota.
Atualmente, além
da Usina de Candiota, que
pertence ao governo federal, a Engie Energia está
construindo a UTE Pampa
Sul, com capacidade de 340
MW – ambos em Candiota.
Ainda há os projetos já com
licenciamento ambiental
prévio (LP) e aptos a participarem dos leilões de energia
- da UTE Seival (600 MW),
da Eneva, em Candiota, e
da UTE Ouro Negro (700
MW), em Pedras Altas.
PRIVATIZAÇÃO – O governador defende a indústria
carbonífera, porém sem a
intervenção do Estado. Atualmente as maiores reservas
estão sob o domínio do go verno, através da Companhia
Riograndense de Mineração
(CRM), que Sartori pretende
vender ou repassar a União,
através de uma Proposta
de Emenda a Constituição
(PEC), que tramita desde
o ano passado na Assembleia Legislativa desde o
ano passado, mas que não
vai à votação por falta de
votos favoráveis. Na PEC, o
governo propõe a retirada do
plebiscito para poder privatizar ou federalizar a CRM, a
CEEE e a Sulgás.
EÓLICA - Na audiência,
Sartori também pediu a
atenção do governo federal
Sartori defende que mineral mantenha participação nos leilões de energia para o novo sistema de transmissão que irá viabilizar o
escoamento da energia de
futuros parques eólicos no
Rio Grande do Sul. A Eletrosul é, atualmente, a maior
investidora, mas enfrenta
dificuldades financeiras.
O lote A dos empreendimentos compreende 2,1 mil quilômetros de
linhas de transmissão, oito
subestações e ampliação de
treze unidades existentes.
O investimento ultrapassa
R$ 3 bilhões. O prazo de
conclusão das obras é de três
anos, a contar da assinatura
dos contratos. A Eletrosul
negocia com a chinesa Xangai Elétric a transferência do
empreendimento.
O secretário de
Minas e Energia reforçou a
necessidade da participação
do Ministério para garantir o
sucesso das negociações. Há
ainda potencial para estabelecer um novo ponto de atendimento do Norte do estado
e aumentar a confiabilidade
no fornecimento de energia
para a Região Metropolitana
de Porto Alegre.
O ministro se comprometeu em criar um grupo
de trabalho com técnicos dos
governos estadual e federal,
para dar celeridade aos encaminhamentos sobre o tema.
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