sexta-feira, 22 de junho de 2018

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 22 de junho de 2018


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Solidariedade: 33ª Semana do Migrante faz resultados práticos em Candiota
Frio, cultura e emprego são temas recorrentes entre as centenas de pessoas que vem de fora buscar esperança na Capital Nacional do Carvão

Encerra no próximo domingo (24), a 33ª Semana do Migrante. Com o tema “A vida é feita de encontros”, a semana atenta para as questões de acolhimento e receptividade daqueles que chegam aos municípios de outras partes do país ou do mundo, em busca de perspectivas e crescimento. 

Na região, ações estão ocorrendo através da Coordenação da Pastoral das Migrações da Diocese de Bagé, com o apoio da Cáritas Diocesana. A programação da Semana iniciou no último dia 16 de junho em Bagé, devendo se estender até o próximo dia 24. 

Em Candiota, através da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, a Semana ganhou uma atividade em virtude do grande número de migrantes encontrados no município pelas obras da UTE Pampa Sul. A grande maioria vem nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Na verdade, devido a isso, no município, as ações não ficam apenas na reflexão e vão para ações práticas. 

Uma roda de conversa foi realizada no salão da Comunidade Católica na noite desta quarta-feira (20) com diversos migrantes, oportunidade em que os participantes puderam relatar suas histórias de vida e se sentir acolhidos. 

Conforme o frei Rinaldo Matter Eberle, responsável pela paróquia, o local tem servido como ponto de busca de auxílio dos migrantes que chegam ao município e passam por necessidades até se instalar. “Estamos constantemente tentando auxiliar essas pessoas. São muitas histórias de lutas por sobrevivência e dias melhores. A paróquia tem servido como refúgio e busca de alento. Já conseguimos realizar muito, mas esperamos fazer mais por essas pessoas”, afirmou o frei.

Ao enfatizar a necessidade de acolhimento dos migrantes, o religioso lembrou do lema da Semana do Migrante, “Braços abertos sem medo de acolher”, assim como a campanha lançada pelo papa Francisco, “Compartilhe a Viagem”, que convoca a todos a caminhar com os migrantes, visto a situação migratória fazer parte da história da humanidade. “Devemos amar ao próximo, acolher de braços abertos, eles necessitam do nosso apoio. Não devemos ter medo de partilhar”, concluiu o frei. Durante a roda de conversa e também na agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) do 

município, a reportagem do TP pode registrar histórias que retratam bem as dificuldades, os anseios e as conquistas que as pessoas enfrentam ao chegar de fora numa terra desconhecida em busca, principalmente, de emprego.

Em busca de emprego
Moisés dos Santos Carvalho, 39 anos e natural da cidade de Abaetetuba, no Pará, veio para Candiota em abril do ano passado por considerar que este seja o foco do mercado de trabalho. Entre um emprego e outro como encarregado na área de montagem de andaime, nos últimos dois meses, a rotina por aqui é baseada em aguardar uma oportunidade através do Sine. “Venho todos os dias aqui e acabei fazendo uns contatos, mas por enquanto na minha área não apareceu nada”, lamentou. Apesar disso, comemora o fato de não estar sozinho nessa busca já que a esposa veio junto. “É bom a gente saber que tem uma companheira fortalecendo, mas ela anda assustada é com esse frio. A gente só sai da terra da gente porque tá precisando mesmo, ainda mais que lá é sempre verão, é muita diferença.” Ele conta ainda que, apesar de estar a mais tempo que a esposa, foi preciso acostumar com a nova realidade climática. “Tem que ter força de vontade pra encarar porque não é fácil, a barreira não é pros fracos”. 

Já o encanador industrial Valnei Santos Ferreira, 26 anos, natural da Bahia, até então desempregado, pensou em seguir os passos da cunhada que há 11 anos veio para Candiota em busca de emprego. Apesar de contar com a ajuda dos parentes em terras gaúchas, disse que veio tentar dar uma vida melhor para a esposa e os dois filhos que deixou em casa. “Tenho que conseguir pra mim e pra garantir o deles também. Não desisto do meu sonho não. Eu sou persistente naquilo que eu quero, se não consigo aqui, vou conseguir lá. Os meninos estão me esperando, se a nossa barriga de adulto ronca de fome, imagina as crianças lá?! Não dá pra desistir.” 

Famílias ressaltam generosidade dos candiotenses
As jovens Raiane Carvalho, 23 anos, e Raíza Ferreira, 24, estão tentado se acostumar em Candiota. Elas vieram de Canaã dos Carajás – cidade localizada ao sul do estado do Pará, distante mais de 800km da capital Belém. Para chegar a Capital Nacional do Carvão elas percorreram mais de 3,5 mil km. 

Na noite desta quarta-feira (20), a reportagem do TP conversou com elas durante o encontro de migrantes promovido pela igreja católica. O marido de Raiane foi o primeiro a vir para Candiota há cerca de um ano. Ele é mecânico montador e está atuando nas obras da UTE Pampa Sul. Ela, a enteada Nayellen Lopes, a Naná (18 anos), e a filhinha de dois aninhos, estão há seis meses por aqui. “O povo é muito acolhedor e tem muito bom coração. Estranhamos o custo de vida, que é bem alto”, disse. 

O marido de Raíza, que também é montador mecânico, chegou em fevereiro deste ano e da mesma forma já está atuando nas obras da nova usina. Ela e a filha de dois anos chegaram em maio. Raíza está apavorada com o frio. “Quando começa, chega me dar uma agonia. Lá, quando faz 23 graus nós já estamos com frio”, conta. 

As duas famílias estão recebendo auxílio, segundo elas, tanto da igreja como da Prefeitura, principalmente no que diz respeito a roupas, pois eles sequer tinham vestuário de inverno. 

A jovem Naná, que cursa o último ano do ensino médio na escola Jerônimo Mércio da Silveira, quer ser engenheira civil e pretende cursar a faculdade na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), portanto não pretendendo sair tão cedo da região. “Vi que a faculdade de Engenharia da UFPel é uma das melhores do Brasil e é ali que quero me formar”, projeta. 

terça-feira, 12 de junho de 2018

Rádio Difusora (Bagé) - 11 de junho de 2018




Jornal Folha do Sul (Bagé) - 12 de junho de 2018





Jornal Minuano (Bagé) - 12 de junho de 2018





Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 12 de junho de 2018



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Obras são retomadas a pleno, após levantamento de embargo
Documentação com comprovação das condições de segurança foi apresentada e adequações feitas no canteiro de obras

O embargo na obra da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) terminou na última sexta-feira (8), após a empresa responsável pelo serviço, a chinesa Shandong Electric Power Engineering Consulting Institute Corp., Ltd. (SDEPCI) reunir e apresentar a documentação necessária para comprovação das condições de segurança dos trabalhadores e realizar as adequações necessárias no canteiro de obras.

As primeiras atividades a serem retomadas foram as relacionadas com trabalhos de escavação e em andaimes após a segunda vistoria do Ministério do Trabalho (MTb), Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PF) e a Defensoria Pública da União (DPU) na obra da usina no dia 18 de maio. Na oportunidade, novos documentos foram entregues aos auditores do Ministério do Trabalho e outros foram solicitados. O gerente socioambiental da UTE Pampa Sul, Hugo Roger Stamm, conta que a medida que a nova documentação foi sendo analisada, outras atividades foram sendo liberadas. 

“A última parte do embargo a ser levantada foi a relacionada com atividades de solda em ambientes confinados. Essas atividades são bastante específicas e realizadas em locais determinados, por isso, antes mesmo do fim total do embargo, a maioria das atividades na obra já haviam sido retomadas”, destaca Hugo. 

PRIORIDADE - No período da paralisação, a equipe de Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da UTE Pampa Sul atuou acompanhando o levantamento das informações e medidas tomadas para garantir a segurança do trabalho e o cumprimento da legislação brasileira. O gerente socioambiental lembra que o trabalho de fiscalização das atividades desempenhadas pela SDEPCI, empresa responsável por toda condução da obra da usina, é per- manente e visa garantir a segurança e saúde de todos os envolvidos na obra, além do sucesso das atividades. 

“No total, temos oito engenheiros de segurança e 109 técnicos em segurança do trabalho atuando dia e noite no canteiro de obras. De nossa parte, afirmamos que a segurança e saúde dos envolvidos na obra é prioridade”, destaca ele.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Jornal Minuano (Bagé) - 08 de junho de 2018




Jornal Minuano (Bagé) - 08 de junho de 2018





Rádio Cultura de Bagé - 07 de junho de 2018


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Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 08 de junho de 2018


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Candiota: Seival recebe placas com identificação nas ruas 
Modelo lembra que na localidade aconteceu a Batalha do Seival

A partir de um projeto particular, visando identificar a rua que leva o nome do avô, o presidente da Associação de Moradores do Seival, Denilson Aquere procurou apoio de empresas instaladas na região para que outras ruas da localidade também fossem devidamente sinalizadas com a colocação de placas. “Buscamos a Innato que tem esse programa social, ambiental e patrimonial aqui no Seival. Eles compraram a ideia junto com a UTE Pampa Sul, que acabou patrocinando a confecção das placas”, explicou. 

Segundo o idealizador do projeto, 5 placas esculpidas à mão já foram instaladas nas ruas que não tinham identificação e o objetivo é de que, posteriormente, outras dez sejam instaladas na localidade. “As placas são feitas de madeira rústica, com duas lanças nas pontas para simbolizar que aqui teve uma batalha e que tem uma história”, ressaltou. 

De acordo com o presidente da associação, além de facilitar a localização principalmente para as pessoas que vem de fora, a ideia é relembrar as lutas que são uma marca da localidade. Denilson, que está há cerca de dois anos no cargo, comentou ainda sobre o comprometimento da sua diretoria e a importância da colaboração da comunidade para a execução deste tipo de projeto. “Nós, como voluntários, sempre buscamos novas pessoas para ajudar a comunidade e foi o que aconteceu”, completou.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 05 de junho de 2018


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Desobstrução na BR-293: Exército se manifesta sobre ação em Hulha Negra
Dois manifestantes presos vão responder inquérito na Justiça Militar

Em nota enviada ao jornal, bem como, em entrevista coletiva do comandante da ação concedida à imprensa bageense, além de um vídeo institucional, o 3º Regimento de Cavalaria Mecanizada (3º RC Mec) explica como foi a ação de desobstrução realizada na manhã da última quarta-feira (30), na BR-293, nas proximidades do trevo de acesso a Hulha Negra. 

Conforme apurou a reportagem do TP - que esteve no local cerca de uma hora antes da ação do Exército, a maioria dos manifestantes era formada por trabalhadores contratados por empresas que prestam serviços no canteiro de obras da UTE Pampa Sul. Eles estavam apoiando a greve dos caminhoneiros e pediam que os benefícios concedi- dos pelo governo federal ao diesel também fossem estendidos à gasolina, etanol e gás de cozinha. 

EXÉRCITO - Conforme nota divulgada pelo 3º RC Mec, elementos desconhecido atearam de madrugada fogo em pneus no local, bloqueando completamente a via, tendo se evadido posteriormente. Ainda conforme a nota, a partir das 8h da manhã, trabalhadores com destino a Candiota chegaram ao local do bloqueio, desceram dos ônibus, mantiveram e aumentaram o fogo e assumiram a manifestação, prosseguindo com o bloqueio da via. 

Assim, por volta das 10h ocorreu uma ação de desbloqueio em cumprimento a um decreto do presidente Michel Temer. O procedimento foi conduzido por tropas do 3º Pelotão de Polícia do Exército (3º Pel PE), com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e sete membros da Brigada Militar (BM) de Candiota. “Durante a atuação, o 3º Pel PE foi posicionado ao centro, compondo a linha de movimento, resultando na liberação da via. Ao negociar e advertir que o bloqueio fosse retirado, houve resistência por parte dos manifestantes, havendo dois disparos com munição de borracha por parte do PE e BM, ferindo a perna de um dos envolvidos. O ferido foi atendido pela equipe de saúde do Exército que apoiava à operação. Houve, também, a prisão de dois manifestantes, tendo sido lavrado o Auto de Prisão em Flagrante (APF)”, assinala nota. 

No vídeo institucional, há o relato que um dos manifestantes estava armado e que um militar foi ferido na barriga por uma pedrada. O general José Ricardo Vendramin Nunes, que comandou a ação, disse em entrevista coletiva, que os dois homens presos responderão na Justiça Militar por obstrução, desobediência e crime militar. 

O TP apurou que os dois presos são montadores mecânicos, moram em Bagé e atuam na obra de construção da UTE Pampa Sul, em Candiota, tendo já sido liberados provisoriamente. A defesa deles está sendo organizada pelos advogados bageenses Mario Pinheiro, Elton Barcellos e Francisco Dois manifestantes presos vão responder inquérito na Justiça Militar.

MANIFESTANTES – O TP não conseguiu entrevistar nenhum dos manifestantes, contudo, em postagens nas redes sociais, muitos deles alegam que não houve negociação por parte das forças de segurança, bem como, negam que a primeira agressão tenha partido deles e sim que houve apenas reação ao avanço das tropas. Algumas entidades, como a Via Campesina, expressaram preocupação ao fato dos manifestantes terem sido presos num quartel, bem como, responderem o inquérito na esfera da Justiça Militar. O deputado estadual e ex-prefeito de Bagé Luiz Fernando Mainardi (PT) condenou a ação, dizendo que ela passou dos limites. “Houve despreparo e processos militares são injustificáveis. Temer (Michel) flerta com o autoritarismo. Negocia com os grandes, bate e processa os pequenos”, afirmou em sua rede social.

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