quinta-feira, 23 de junho de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 23 de junho de 2016




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UTE Pampa Sul: Trabalhadores decidem entrar em greve e reivindicam melhorias

Tudo paralisado. Este é o cenário atual do canteiro de obras da Usina Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowsi), em Candiota. Trabalhadores se mobilizaram na manhã desta quarta-feira, 22, e decidiram parar as atividades. Nenhum funcionário se encontra no local trabalhando, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral do Estado do Rio Grande do Sul (Siticepot). Cerca de 900 profissionais de 12 empresas que prestam serviços na construção da UTE Pampa, reivindicam melhores condições de trabalho. Além disso, eles reclamam de atraso de salá- rios, transporte, segurança, alimentação, horas baixadas e viajadas. 
De acordo com o presidente do Sindicato, Isabelino Garcia dos Santos, os trabalhadores deverão continuar parados até receberem uma posição das empresas. “Esse impasse já dura cinco meses, quando começaram as negociações, pois nossa data base de índice de reajuste é 1º de maio. O pessoal cansou de esperar”, declarou Garcia. 
Uma reunião com as empresas estava prevista para a tarde desta quarta-feira, a fim de obter alternativas e soluções para o caso. 
A Comissão de Emprego, Meio Ambiente e Habitação da câmara de vereadores de Candiota formada pelos vereadores Giselma Pereira (PT), Guilherme Barão (PDT) e Andrea Rangel (PMDB), acompanhou a mobilização dos funcionários durante o período da manhã. Representando a comissão, Giselma e Guilherme, conversaram com os sindicatos e tomaram conhecimento que as reivindicações se tratam de questões de acerto entre funcionários e empresas terceirizadas, como por exemplo, pagamentos das funções de cada trabalhador. “Fomos até o local para intermediar. Um clima tranquilo. Nós e o sindicato fomos comunicar a empresa da paralisação. Um documento oficializando essa paralisação será encaminhado hoje à tarde (quarta-feira). Só uma empresa tem 700 funcionários”, relatou a presidente da Comissão, vereadora Giselma Pereira. 
De acordo com Giselma, a comissão está de sobreaviso e acompanhando o caso. “Esperamos que seja resolvido nesse contato com a empresa. A Tractebel nos informou que contrata os serviços (pacote fechado) e acredita que a empresa contratada esteja pagando os seus funcionários, quando, na verdade, o sindicato alega que não”, destacou. 
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bagé (Sticm) também acompanha as reinvidações da categoria. Até o fechamento desta edição o impasse ainda persistia. 

TRACTEBEL - A Engie Tractebel afirma, através do gerente socioambiental da UTE Pampa Sul, Hugo Roger Stamm, que a empresa está acompanhando o movimento de perto, contudo não possui ingerência direta nas negociações, pois sua relação é com a empresa chinesa Shandong Electric Power Engineering Consulting InstituteCorp. (SDEPCI), que foi a contratada pela Tractebel para implantar a usina. Neste sentido, segundo Hugo Stamm, quem faz as contratações de empreiteiras é a SDEPCI e, portanto, ela é a responsável direta pelas negociações, inclusive trabalhistas. A Engie Tractebel espera que o impasse se resolva o mais rápido possível para que a obra tenha continuidade.

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