sábado, 11 de junho de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 11 a 13 de junho de 2016


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Impasse: Unidade do Corpo de Bombeiros de Candiota será fechada
A documentação para que o convênio entre o Estado e a prefeitura de Candiota seja anulado já foi encaminhada ao comando da Brigada Militar

Embora não haja data definida, a corporação do Corpo de Bombeiros de Candiota será fechada. A informação é do comandante regional do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Pedro Ricardo Maron Burgel. Conforme ele, o comando regional encaminhou, no mês passado, ao comando da Brigada Militar a documentação solicitando a rescisão do convênio entre o governo do Estado e a prefeitura de Candiota. Isso porque, segundo o comandante, a parceria prevê a cedência de seis motoristas por parte da prefeitura. Porém, Burgel destaca que essa cláusula está sendo descumprida desde março de 2014. De acordo com ele, a administração municipal retirou os cinco motoristas que havia cedido para a unidade e não disponibilizou mais nenhum profissional para atuar na corporação. O comandante lembra que a unidade candiotense conta com um servidor a cada 24 horas e esse desempenha as funções de bombeiro e motorista. “Com o fechamento da unidade, os servidores serão remanejados para Bagé”, informa Burgel, mencionando que a Brigada Militar encaminhará a solicitação do comando regional à Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado. O tenente-coronel destaca ainda que o convênio foi firmado há 10 anos e, desde então, ocorreram uma série de situações que acarretaram o descumprimento do contrato. “Em todas as situações fomos relevando, buscando alternativas. Nós sempre fomos a favor do Corpo de Bombeiros de Candiota”, afirma Burguel. 

CONVÊNIO TRIPARTITE – O secretário-geral de Governo de Candiota, Artemio Parcianello, ressalta que a prefeitura não tem condições de ceder cinco motoristas, por esse motivo está tentando formalizar um convênio tripartite com a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (Eletrobras CGTEE), responsável pelo Complexo Termelétrico de Candiota, e a Engie Tractebel Energia, que está instalando uma termelétrica na cidade, a Usina Pampa Sul (Miroel Wolowski). A intenção é que essas empresas se comprometam a disponibilizar cerca de R$ 10 mil mensais para que seja possível contratar cinco bombeiros civis, que poderão atuar como bombeiros e também como motoristas. A prefeitura entrará com a mesma quantia, tendo em vista que são necessários em torno de R$ 30 mil mensais para contratar cinco servidores. “Tentamos com a CRM (Companhia Riograndense de Mineração), mas tivemos uma resposta negativa. Estamos buscando parcerias no sentido de viabilizar a contratação de pessoal”, destaca Artemio, acrescentando que a administração municipal paga mensalmente R$ 2 mil referente ao aluguel do prédio da corporação, além das contas de telefone, internet e energia elétrica do imóvel. 

MOBILIZAÇÃO – Os vereadores candiotenses estão mobilizados para tentar manter a unidade dos bombeiros na cidade desde o ano passado. No dia 23 de novembro de 2015, os edis Ancelmo Camillo (PSDB), Giselma Pereira (PT), Guilherme Barão (PDT), Marco Dal Molin e Andreia Rangel, ambos do PMDB, estiveram reunidos com o comandante da corporação local, sargento Alex Sander da Silveira. No encontro, que aconteceu nas dependências da corporação, situada na rua Luiz Chirivino, na sede do município, os parlamentares disseram que estavam preocupados quanto ao fato de a unidade possuir apenas um bombeiro para atender a comunidade diariamente. Já no final de abril deste ano, o presidente da câmara de vereadores, Valmir Cougo (PT), e Camillo estiveram na sede da CRM, em Porto Alegre. Eles conversaram com a direção da companhia para saber se a mesma teria interesse em aderir ao convê- nio, no entanto a empresa alegou que isso não seria possível em razão de estar passando por dificuldades financeiras.

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