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Fim da greve na UTE Pampa Sul: Retomadas as obras
Os operários retornaram ao trabalho na quinta-feira (23) após um acordo firmado entre o Siticepot e as subcontratadas da SDEPCI
Após 14 dias parados,
os trabalhadores que
atuam na construção
da Usina Termelétrica Pampa
Sul (Miroel Wolowski),
em Candiota, retomaram
as atividades na manhã de
quinta-feira (23). Inicialmente,
eles rejeitaram em
assembleia um acordo firmado
entre as empresas
subcontratadas pela chinesa
SDEPCI para atuar na obra
e representantes do Sindicato
dos Trabalhadores nas
Indústrias da Construção
de Estradas, Pavimentação
e Obras de Terraplenagem
em Geral no Estado do Rio
Grande do Sul (Siticepot).
O acordo foi realizado
em audiência na tarde de
quarta-feira (22), na Justiça
do Trabalho, pelo Juiz Jorge
Fernando Xavier de Lima,
com a presença do procurador
do Ministério Público
do Trabalho, Rafael Foresti
Pego, de representantes do
Siticepot e das empresas
envolvidas na negociação,
prevendo a antecipação de
reajuste salarial de 3,5%,
compensação dos dias de
greve, mediante trabalho por
quatro sábados limitados a
um por mês, e antecipação
do reajuste do prêmio assiduidade/cesta
básica/alimentação
para R$ 255, todos
a contar a partir de março de
2017. Além disso, havia sido
acordada a estabilidade provisória
ao emprego a todos
os trabalhadores de mão de
obra direta e encarregados (o
que não abrange os técnicos)
pelo prazo de 60 dias.
Em assembleia, realizada
na quinta-feira (23)
pela manhã, os trabalhadores
rejeitaram o acordo,
porém logo após decidiram
por liberalidade retomar as
atividades no canteiro de
obras, dando fim a paralisação. Embora, inicialmente, o acordo não tenha sido
aceito pelos trabalhadores,
as empresas envolvidas na
negociação, em reunião no
final da manhã, resolveram
por manter a proposta oferecida, especialmente no
que diz respeito aos reajustes
financeiros.
O gerente socioambiental da UTE Pampa Sul,
Hugo Roger Stamm, explica
que a retomada das atividades
é importante para que o
cronograma da obra não seja
ainda mais prejudicado, sendo
necessária agora uma reavaliação
visando compensar
os dias em que a obra ficou
paralisada. “Embora a UTE
Pampa Sul não tenha ingerência
sobre as negociações
realizadas, pois tratavam- -se de relações trabalhistas
das empresas contratadas e
subcontratadas para atuar na
obra, continuamos atentos a
possíveis desdobramentos
da situação. Agradecemos
o governo do Estado pelo
reforço da Brigada Militar,
que está presente no canteiro
de obras garantindo a
segurança de todos”, destaca
Stamm.
No termo da audiência de quarta-feira, o juiz
esclareceu que a proposta de
acordo não se trata de negociação de norma coletiva e
que uma nova reunião para
as tratativas de elaboração
do acordo coletivo para a
data-base da categoria (maio
de 2017) já está agendada
para o início de março entre
as partes envolvidas.
O vice-presidente do
Sindicato da Indústria da
Construção de Estradas,
Pavimentação e Obras de
Terraplenagem em Geral no
Estado do Rio Grande do
Sul (Siticepot), Luiz Gonzaga
Vidal da Silva, ressalta
que o movimento grevista
continua.
SAIBA MAIS – Dos cerca
de 1,8 mil operários contratados, entre 1,3 mil e 1,4
mil paralisam as atividades,
segundo o Siticepot. A Engie
Brasil Energia contratou a
chinesa SDEPCI para fazer
e entregar pronta a termelétrica
e essa, por sua vez,
terceirizou boa parte dos
serviços. De acordo com o
Siticepot, 15 empresas terceirizadas estão trabalhando, atualmente, nas obras
da Pampa Sul.
A termelétrica começou a ser erguida na
localidade de Seival no
início do segundo semestre
de 2015. Essa é a segunda
paralisação dos trabalhadores.
A primeira ocorreu
em junho do ano passado e
durou seis dias. Na época,
o Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias da
Construção e Mobiliário de
Bagé (STICM Bagé) esteve
à frente das negociações
e era a entidade na qual
os trabalhadores estavam
vinculados até a Justiça
expedir, na semana passada,
uma liminar autorizando o
Sindicato da Indústria da
Construção de Estradas,
Pavimentação e Obras de
Terraplenagem em Geral
no Estado do Rio Grande do
Sul (Siticepot) representar
os operários das obras da
Pampa Sul, que deverá entrar
em operação comercial
em janeiro de 2019.
Cronologia do movimento:
* O dia 08 de fevereiro foi o primeiro de paralisação total da obra. Na oportunidade, representantes do Siticepot, com o apoio de alguns trabalhadores, impediram o acesso dos demais ao canteiro de obras. Para garantir o direito de acesso aos trabalhadores que não estavam participando da paralisação, a empresa SDEPCI conquistou na justiça uma liminar em uma ação de “Interdito Proibitório”.
* Apesar da paralisação ter iniciado com a mobilização Sticepot, somente na segunda-feira (13), o sindicato conseguiu na justiça, por meio de uma liminar, a representação legal dos trabalhadores, que até o momento eram representados Sindicato dos Trabalhadores na Construção e Mobiliário de Bagé. Na sequência, as primeiras rodadas de negociação foram iniciadas.
* Na manhã de quinta-feira (16), o juiz do Trabalho da 1ª Vara de Bagé, Jorge Fernando Xavier de Lima, esteve no canteiro de obras, acompanhado do procurador do Trabalho, Rafael Foresti Pego, além da Polícia Federal. Na oportunidade, os representantes das empresas, empregados e do Siticepot foram ouvidos e, após analisar a situação, o juiz recomendou um acordo entre as partes. Uma audiência na Justiça do Trabalho foi marcada para o dia 22, com o objetivo de negociar formalmente um acordo, inclusive com a presença do Ministério Público do Trabalho.
* A partir da segunda-feira (20), a Brigada Militar reforçou a segurança no canteiro com a presença de cerca de 30 policiais de Candiota, Bagé e Santa Maria. O efetivo da BM tinha como objetivo cumprir a liminar de Interdito Proibitório, garantindo o acesso e segurança dos trabalhadores.
* Após a audiência e definição de proposta de acordo entre os representantes sindicais e as empresas envolvidas na negociação, os trabalhadores, em assembleia realizada em frente ao canteiro de obras na manhã desta quinta-feira (23), optaram inicialmente por permanecer em greve, porém, na mesma manhã, retomaram as atividades no canteiro de obras, dando fim ao movimento. O juiz do Trabalho deverá foi comunicado, via petição, dos desdobramentos da assembleia. Embora o acordo firmado não tenha sido aceito pelos trabalhadores, as empresas envolvidas comprometeram-se em manter a proposta, principalmente, nos pontos relacionados aos reajustes financeiros.
Cronologia do movimento:
* O dia 08 de fevereiro foi o primeiro de paralisação total da obra. Na oportunidade, representantes do Siticepot, com o apoio de alguns trabalhadores, impediram o acesso dos demais ao canteiro de obras. Para garantir o direito de acesso aos trabalhadores que não estavam participando da paralisação, a empresa SDEPCI conquistou na justiça uma liminar em uma ação de “Interdito Proibitório”.
* Apesar da paralisação ter iniciado com a mobilização Sticepot, somente na segunda-feira (13), o sindicato conseguiu na justiça, por meio de uma liminar, a representação legal dos trabalhadores, que até o momento eram representados Sindicato dos Trabalhadores na Construção e Mobiliário de Bagé. Na sequência, as primeiras rodadas de negociação foram iniciadas.
* Na manhã de quinta-feira (16), o juiz do Trabalho da 1ª Vara de Bagé, Jorge Fernando Xavier de Lima, esteve no canteiro de obras, acompanhado do procurador do Trabalho, Rafael Foresti Pego, além da Polícia Federal. Na oportunidade, os representantes das empresas, empregados e do Siticepot foram ouvidos e, após analisar a situação, o juiz recomendou um acordo entre as partes. Uma audiência na Justiça do Trabalho foi marcada para o dia 22, com o objetivo de negociar formalmente um acordo, inclusive com a presença do Ministério Público do Trabalho.
* A partir da segunda-feira (20), a Brigada Militar reforçou a segurança no canteiro com a presença de cerca de 30 policiais de Candiota, Bagé e Santa Maria. O efetivo da BM tinha como objetivo cumprir a liminar de Interdito Proibitório, garantindo o acesso e segurança dos trabalhadores.
* Após a audiência e definição de proposta de acordo entre os representantes sindicais e as empresas envolvidas na negociação, os trabalhadores, em assembleia realizada em frente ao canteiro de obras na manhã desta quinta-feira (23), optaram inicialmente por permanecer em greve, porém, na mesma manhã, retomaram as atividades no canteiro de obras, dando fim ao movimento. O juiz do Trabalho deverá foi comunicado, via petição, dos desdobramentos da assembleia. Embora o acordo firmado não tenha sido aceito pelos trabalhadores, as empresas envolvidas comprometeram-se em manter a proposta, principalmente, nos pontos relacionados aos reajustes financeiros.
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