sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 17 de fevereiro de 2017





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Economia: Engie não se interessa mais por carvão e busca compradores para UTE Pampa Sul
Além do usina em Candiota, também a multinacional opera o Complexo Jorge Lacerda cidade catarinense de Capivari de Baixo

Sem qualquer relação com a paralisação das obras em Candiota, a Engie iniciou no Brasil um processo de sondagem de mercado para identificar potenciais compradores para o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, de 857 megawatts (MW), localizado em Santa Catarina, e da Usina Termelétrica Pampa Sul, de 340 MW, em implantação em Candiota, seguindo a estratégia global da Engie de sair da geração de energia proveniente do carvão. A Engie mandatou o banco Morgan Stanley, que vai prestar assessoria financeira nessa sondagem de mercado. “A potencial operação está em linha com a estratégia de descarbonização da Engie em todo o mundo, focada em atividades de baixa emissão de carbono, com geração de energia limpa e renovável de fontes hídrica, eólica, biomassa e solar, além da cadeia do gás natural, infraestrutura e serviços”, comenta o CEO da Engie no Brasil e presidente do Conselho da Engie Brasil Energia, empresa controladora dos dois ativos, Mauricio Bähr. 

A diretoria da Companhia esclarece ainda que o atual estágio do processo de saída da geração a carvão no Brasil é de prospecção de potenciais compradores. “No momento, estamos sondando a disposição de investidores para a compra das duas termelétricas, ainda não estamos na fase de venda de ativos”, afirma Bähr. A empresa enxerga na potencial venda uma oportunidade também de investir ainda mais em energia de fontes renováveis, que têm sido o drive de crescimento da Engie Brasil nos 20 anos de presença no País. 

Bähr destaca a transparência no processo que envolve, principalmente, o Complexo Jorge Lacerda, que está em plena operação. “Tomamos o cuidado de comunicar os investidores da Engie Brasil Energia, que é de capital aberto e tem ações na Bovespa, já que essa sondagem de mercado levaria a informação de nossa intenção de sair do carvão a potenciais compradores, inclusive a bancos e fundos de investimento”, diz. O executivo ressalta ainda o zelo com que a empresa tem tratado do assunto junto a seus colaboradores. “A Engie Brasil Energia tem sido transparente e deixado os funcionários de Jorge Lacerda e de Pampa Sul informados sobre os passos que a Engie tem dado na direção da descarbonização”, comenta. 

ENGIE NO BRASIL – No Brasil, a Engie é a maior produtora privada de energia elétrica no país, operando uma capacidade instalada de 10.212 MW em 28 usinas em todo o Brasil, o que representa cerca de 6% da capacidade do país. O grupo possui 90% de sua capacidade instalada no país proveniente de fontes limpas, renováveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa, posição que tem sido reforçada pela construção de novas eólicas no nordeste do país e por uma das maiores hidrelétricas do País, Jirau (3.750 MW), localizada no rio Madeira e que foi inaugurada em dezembro de 2016. O grupo também atua na área geração solar distribuída e oferece servi- ços relacionados à energia, engenharia e integração de sistemas, atuando no desenvolvimento de sistemas de telecomunicação e segurança, iluminação pública e mobilidade urbana para cidades inteligentes, infraestruturas e a indústria de óleo e gás. Contando com 3.000 colaboradores, a Engie teve no país em 2015 um faturamento de R$ 7 bilhões. 

ENGIE NO MUNDO – A Engie desenvolve suas atividades (eletricidade, gás natural e serviços) em torno de um modelo baseado em crescimento sustentável a fim de enfrentar os grandes desafios da transição energética para uma economia de baixo carbono: acesso a energia renovável, atenuação e adaptação às mudanças climáticas, segurança de abastecimento e uso racional dos recursos naturais. O grupo fornece soluções altamente eficientes e inovadoras para pessoas, cidades e empresas através de fontes diversificadas de fornecimento de gás, produção de eletricidade flexível e com baixa emissão de CO2 e conhecimento técnico em quatro setores-chave: energias renováveis, eficiência energética, gás natural liquefeito e tecnologias digitais. 

A Engie possui 154.950 funcionários em todo o mundo e obteve receitas de € 69,9 bilhões em 2015. Cotado nas bolsas de Bruxelas, Luxemburgo e Paris, o Grupo está representado nos principais índices internacionais: CAC 40, BEL 20, DJ Euro Stoxx 50, Euronext 100, FTSE Eurotop 100, MSCI Europe, DJSI World, DJSI Europe e Euronext Vigeo (Eurozone 120, Europe 120 e France 20).


VENDA DA PAMPA SUL 1 Nos bastidores e aqui mesmo no TP já foi comentado que desde que a Engie assumiu o controle da antiga Tractebel em nível mundial haveria este reposicionamento em relação as energias geradas com as chamadas fontes não limpas como o carvão. A tendência é que um grupo chinês ou com a participação de investidores chineses venha a assumir tanto a UTE Pampa Sul como a Usina Jorge Lacerda, em Santa Catarina. É aguardar e ver. 

VENDA DA PAMPA SUL 2 Algum gaiato pode associar a greve ao fato da venda, porém não há qualquer relação. Outra situação impossível é a obra não ser terminada e a usina não entrar em operação. Aliás, ela só tem valor de mercado se gerar energia. Do contrário, praticamente não vale nada. 

VENDA DA PAMPA SUL 3 A decisão da Engie em vender a UTE Pampa Sul precisa ser lamentada pela região, em certa medida, pois como já podemos desfrutar nesses cerca de três anos que a empresa está por aqui (antes Tractebel), tivemos a certeza em se tratar de um grupo empresarial da mais alta seriedade e que possui uma relação, tanto com a comunidade como com o meio ambiente, de total respeito e comprometimento. Vamos torcer para que os futuros proprietários tenham a mesma linha de pensamento e ação.

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