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Economia: Engie não se interessa mais por carvão e
busca compradores para UTE Pampa Sul
Além do usina em Candiota, também a multinacional opera o Complexo Jorge Lacerda cidade catarinense de Capivari de Baixo
Sem qualquer relação com
a paralisação das obras
em Candiota, a Engie
iniciou no Brasil um processo
de sondagem de mercado
para identificar potenciais
compradores para o Complexo
Termelétrico Jorge
Lacerda, de 857 megawatts
(MW), localizado em Santa
Catarina, e da Usina Termelétrica
Pampa Sul, de
340 MW, em implantação
em Candiota, seguindo a
estratégia global da Engie
de sair da geração de energia
proveniente do carvão.
A Engie mandatou o banco
Morgan Stanley, que vai
prestar assessoria financeira
nessa sondagem de mercado.
“A potencial operação está
em linha com a estratégia
de descarbonização da Engie
em todo o mundo, focada em
atividades de baixa emissão
de carbono, com geração de energia limpa e renovável de
fontes hídrica, eólica, biomassa
e solar, além da cadeia
do gás natural, infraestrutura
e serviços”, comenta o CEO
da Engie no Brasil e presidente
do Conselho da Engie
Brasil Energia, empresa
controladora dos dois ativos,
Mauricio Bähr.
A diretoria da Companhia
esclarece ainda que
o atual estágio do processo
de saída da geração a carvão
no Brasil é de prospecção
de potenciais compradores.
“No momento, estamos
sondando a disposição de
investidores para a compra
das duas termelétricas,
ainda não estamos na fase
de venda de ativos”, afirma
Bähr. A empresa enxerga na
potencial venda uma oportunidade
também de investir
ainda mais em energia de
fontes renováveis, que têm
sido o drive de crescimento
da Engie Brasil nos 20 anos
de presença no País.
Bähr destaca a transparência
no processo que
envolve, principalmente, o
Complexo Jorge Lacerda,
que está em plena operação.
“Tomamos o cuidado de
comunicar os investidores
da Engie Brasil Energia,
que é de capital aberto e tem
ações na Bovespa, já que
essa sondagem de mercado
levaria a informação de nossa
intenção de sair do carvão
a potenciais compradores,
inclusive a bancos e fundos
de investimento”, diz. O
executivo ressalta ainda o
zelo com que a empresa
tem tratado do assunto junto
a seus colaboradores. “A
Engie Brasil Energia tem
sido transparente e deixado
os funcionários de Jorge
Lacerda e de Pampa Sul informados sobre os passos
que a Engie tem dado na direção
da descarbonização”,
comenta.
ENGIE NO BRASIL – No
Brasil, a Engie é a maior
produtora privada de energia
elétrica no país, operando
uma capacidade instalada
de 10.212 MW em 28
usinas em todo o Brasil, o
que representa cerca de 6%
da capacidade do país. O
grupo possui 90% de sua
capacidade instalada no país
proveniente de fontes limpas,
renováveis e com baixas
emissões de gases de efeito
estufa, posição que tem sido
reforçada pela construção de
novas eólicas no nordeste do
país e por uma das maiores
hidrelétricas do País, Jirau
(3.750 MW), localizada no
rio Madeira e que foi inaugurada
em dezembro de 2016.
O grupo também
atua na área geração solar
distribuída e oferece servi-
ços relacionados à energia,
engenharia e integração de
sistemas, atuando no desenvolvimento
de sistemas de
telecomunicação e segurança, iluminação pública e mobilidade
urbana para cidades
inteligentes, infraestruturas
e a indústria de óleo e gás.
Contando com 3.000 colaboradores,
a Engie teve no país
em 2015 um faturamento de
R$ 7 bilhões.
ENGIE NO MUNDO – A
Engie desenvolve suas atividades
(eletricidade, gás
natural e serviços) em torno
de um modelo baseado em
crescimento sustentável a
fim de enfrentar os grandes
desafios da transição energética
para uma economia
de baixo carbono: acesso a
energia renovável, atenuação e adaptação às mudanças
climáticas, segurança de
abastecimento e uso racional
dos recursos naturais.
O grupo fornece soluções
altamente eficientes
e inovadoras para pessoas,
cidades e empresas através
de fontes diversificadas de
fornecimento de gás, produção de eletricidade flexível e
com baixa emissão de CO2
e conhecimento técnico em
quatro setores-chave: energias
renováveis, eficiência
energética, gás natural liquefeito
e tecnologias digitais.
A Engie possui
154.950 funcionários em
todo o mundo e obteve receitas
de € 69,9 bilhões em
2015. Cotado nas bolsas de
Bruxelas, Luxemburgo e Paris,
o Grupo está representado
nos principais índices internacionais:
CAC 40, BEL 20,
DJ Euro Stoxx 50, Euronext
100, FTSE Eurotop 100,
MSCI Europe, DJSI World,
DJSI Europe e Euronext Vigeo
(Eurozone 120, Europe
120 e France 20).
VENDA DA PAMPA SUL 1
Nos bastidores e aqui mesmo no TP já foi
comentado que desde que a Engie assumiu o controle
da antiga Tractebel em nível mundial haveria este reposicionamento
em relação as energias geradas com as
chamadas fontes não limpas como o carvão. A tendência
é que um grupo chinês ou com a participação de investidores
chineses venha a assumir tanto a UTE Pampa
Sul como a Usina Jorge Lacerda, em Santa Catarina.
É aguardar e ver.
VENDA DA PAMPA SUL 2
Algum gaiato pode associar a greve ao fato da
venda, porém não há qualquer relação. Outra situação
impossível é a obra não ser terminada e a usina não
entrar em operação. Aliás, ela só tem valor de mercado
se gerar energia. Do contrário, praticamente não vale
nada.
VENDA DA PAMPA SUL 3
A decisão da Engie em vender a UTE Pampa
Sul precisa ser lamentada pela região, em certa medida,
pois como já podemos desfrutar nesses cerca de três
anos que a empresa está por aqui (antes Tractebel),
tivemos a certeza em se tratar de um grupo empresarial
da mais alta seriedade e que possui uma relação, tanto
com a comunidade como com o meio ambiente, de
total respeito e comprometimento. Vamos torcer para
que os futuros proprietários tenham a mesma linha de
pensamento e ação.
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