terça-feira, 10 de maio de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 10 e 11 de maio de 2016


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Tractebel monitora fauna silvestre
Através da técnica de radiotelemetria, atividade está sendo aplicada em felinos

O Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre, da Engie Tractebel Energia, iniciou, recentemente, as atividades de monitoramento do uso das rotas de fuga por meio de radiotelemetria, através do acompanhamento de mamíferos de médio e grande porte. Depois de capturados e devidamente identificados, eles estão sendo devolvidos para o seu habitat e monitorados, de modo que se possa avaliar e acompanhar as respostas da fauna frente a modificações ambientais. O objetivo é coletar informações sobre a fauna silvestre presente nas áreas de influência da instalação da Usina Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski) e, principalmente, na área destinada ao reservatório da barragem da nova usina. O empreendimento da Tractebel está sendo construído em Candiota, na localidade de Seival, e deverá entrar em operação comercial em janeiro de 2019. 
O gerente socioambiental da UTE Pampa Sul, Hugo Roger Stamm, comenta que a expectativa é que 12 animais das espécies gato-do-mato sejam monitorados através de coleiras com transmissores que enviarão sinais diários indicando a localização desses animais. Como medida para a impossibilidade de atingir as cotas destinadas às espécies de gato-do-mato, os pesquisadores definiram o monitoramento de espécies alternativas, como as lontras e os cachorros-do- -mato. “Dessa forma, será possível verificar as rotas de fuga dos animais e ava liar como a fauna silvestre está reagindo às mudanças”, explica Stamm. 
Estão sendo usadas armadilhas não-letais com iscas para capturar os animais. Todos os dias, as armadilhas são abertas e reiscadas, até o término das cotas desejadas. Cada espécime capturada está sendo submetida à avaliação das condições de saúde e estado corporal com aferição biométrica, incluindo pesagem, determinação do sexo, classe etária e condição reprodutiva. Todos os animais capturados, mesmo os que extrapolarem as cotas estipuladas, estão sendo identificados através de brinco colorido e numerado, aplicado na orelha direita, no caso dos machos, e na esquerda das fêmeas. “Esta atividade nos possibilitará ter acesso a uma série de informações sobre a ecologia dos animais em seu habitat natural, como, por exemplo, o uso do habitat e interações com o meio ambiente”, destaca o gerente. O programa prevê que, após a conclusão das capturas, os animais sejam monitorados por um ano.

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