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Candiota: Reservatório que vai abastecer
a UTE Pampa Sul começa encher
Teve início no final de
março o enchimento
controlado do reservatório da Usina Termelétrica Pampa
Sul (Miroel Wolowski), da
Engie Brasil Energia, que está
sendo construída na localidade
de Seival, em Candiota. Nessa
etapa, uma área da barragem
de aproximadamente 53,04
hectares deverá ser inundada
até que atinja o nível da eleva-
ção de 154 metros. A expectativa
é que a atividade seja
concluída até o início de junho,
quando deverá ser iniciada a
segunda etapa do enchimento
controlado, até a cota de 158
metros, com previsão de alague
de outros 311,31 hectares.
O gerente socioambiental
da UTE Pampa Sul,
Hugo Roger Stamm, destaca
que o enchimento controlado
do reservatório será realizado
em etapas com o controle de
nível da água sendo realizado
por meio da movimentação
das comportas e regulagem
da vazão nos tubos da vazão
sanitária. “A atividade não
prevê nenhum impacto social
e será realizada por etapas com
a previsão de que, ao ser atingido
cada marco do enchimento,
seja realizada uma avaliação
da área inundada”, explica
Stamm.
A barragem da nova
termelétrica está localizada
em áreas adquiridas pelo
empreendimento, sendo que
uma parte do reservatório
fica em Candiota (margem
esquerda) e a outra em Hulha
Negra (margem direita), com
barramento no rio Jaguarão.
Stamm ressalta que haverá
a garantia da vazão sanitária
do rio, permitindo que todas
as atividades, que já eram
realizadas nele, continuem
sendo praticadas e garantindo,
também, que o rio continue o
seu curso.
Toda a área que
será alagada estará cercada e
identificada com placas informativas.
Além disso, está em
processo de aprovação no Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) o Plano
Ambiental de Conservação e
Uso do Entorno de Reservatório
Artificial (PACUERA),
que definirá usos futuros ambientalmente
equilibrados para
o reservatório, atendendo a
legislação, as necessidades do
empreendimento, as demandas
da sociedade e a segurança dos
usuários.
CUIDADOS – Vários cuidados
e medidas estão sendo
adotadas visando à preservação
da fauna existente na
área que será alagada. Porém
durante o enchimento, os animais
silvestres, incluindo os
peçonhentos, poderão ficar desorientados
e tentar se refugiar
em busca de novos locais para
viver, facilitando encontros indesejados
e ficando expostos a
atropelamentos e a caça, que é
proibida. No caso dos animais
peçonhentos, é importante
investir na prevenção, vedando
portas e janelas e estando atento,
no caso de áreas próximas
ao reservatório.
Em alguns casos, os
animais não conseguirão se
deslocar sozinhos e poderão
ficar ilhados durante o enchimento
do reservatório. Nesses
casos, uma equipe treinada e
devidamente autorizada, realizará
o resgate dos animais,
contando com auxílio de equipamentos específicos, veículos
e até embarcações. Da mesma
forma, a equipe também estará
dando atenção à fauna aquática
que poderá ficar retida em
poças de água, que poderão
formar-se com a variação do
nível da água. Além do resgate
embarcado uma equipe de
apoio estará percorrendo as
áreas por terra, para o resgate
de algum animal que esteja em
deslocamento e dando subsídio
a equipe embarcada.
Outros cuidados
e informações também são
importantes: o uso de embarcações no rio Jaguarão, no trecho
a ser inundado, deve ser evitado;
atividades como natação e
banho estão proibidas, assim
como não é recomendada
a pesca e o acampamento,
já que durante o período de
enchimento, pescadores ou
campistas podem ficar ilhados.
É recomendado que se evite
juntar lixo na área a ser inundada,
assim como o gado e outros
animais devem, ser mantidos
controlados dentro dos limites
das propriedades. “Todos os
acessos estão sinalizados para
evitar acidentes e as comunidades
estão sendo comunicadas e
informadas sobre a atividade,
porém em caso de dúvidas,
favor entrar em contato com
UTE Pampa Sul pelo telefone
(53) 3245.4000 ou a Ouvidoria
pelo telefone (53) 3245.4066,
e pelo atendimento presencial
disponível no escritório da
obra”, destaca Stamm.
CORREIA – Para operar, a
UTE Pampa Sul utilizará o
carvão como combustível
e, para transportar o mineral
da mina até a usina,
está construída uma correia
transportadora de carvão,
que contará com 4,17 quilômetros
de extensão e uma
capacidade de transporte
de 550 toneladas de carvão
por hora. A obra da correia
está sob responsabilidade da
empresa TMSA e teve início
pela supressão vegetal, realizada
após o mapeamento
e resgate de germoplasma
vegetal e outras espécies
de flora existente na área,
construção dos acessos.
Atualmente está na fase de
construção das bases civis,
atividade que permitirá a
aplicação dos blocos de
fundação pré-moldados e
o início da montagem da
estrutura metálica da correia.
Stamm destaca
que cerca de 130 pessoas
estão atuando diretamente na
obra, além dos profissionais
que realizam as produções
em fábrica das estruturas
metálicas, componentes mecânicos
e estruturas de concreto
pré-moldadas. “Nas
próximas semanas já deverá
ser iniciada a montagem de
parte da estrutura metálica
do transportador da Correia,
atividade que começará a dar
forma à correia”, menciona
Stamm. Um diferencial da
correia transportadora de
carvão da Pampa Sul está na
tecnologia utilizada, já que
por se tratar de uma estrutura
fechada, haverá a redução de
ruídos e emissão de poeira.
Além disso, no trecho em
que a correia passa perto da
Vila do Seival, será implantada
uma cortina vegetal,
que auxiliará no processo
minimização dos impactos
do empreendimento para a
população.
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