LEIA A NOTÍCIA:
Aviação: Sobrevoando Candiota
O TP descobriu quem é e entrevistou o piloto de paramotor que anda sobrevoando a cidade e chamando a atenção de todos
Acabou o mistério de
quem é o ‘drone humano’,
que é visto seguidamente
sobrevoando os
céus de Candiota. A reportagem
do Tribuna do Pampa
conversou esta semana com o
piloto de paramotor Luciano
Martins Ávila, de 44 anos.
O santamariense, mas
que há quase 30 anos mora
em Uruguaiana, além de piloto
e dono de uma empresa de
usinagem industrial, também
é um exímio cozinheiro. Foi
na cozinha do Restaurante
Candiota, anexo ao Posto do
Nico, na sede de Candiota,
que o TP entrevistou Luciano,
enquanto ele fazia uma
galinhada para um grupo de
amigos que jantam juntos todas
as quartas-feiras no local.
Ele está atuando no
canteiro de obras da UTE
Pampa Sul e já havia estado
na cidade anteriormente,
quando trabalhou na Fase C
da Usina de Candiota. Contudo,
a sua paixão por voar
sempre vem junto com ele,
literalmente.
O SONHO DE VOAR –
Luciano é daqueles que
alimenta o eterno sonho
humano de voar. Desde
criança foi fascinado pela aviação. Tanto que o aeromodelismo
era uma de suas
paixões. “Com os aeromodelos
sonhava um dia voar
de verdade”, conta.
Em 2013, com outros
três amigos, Luciano
descobriu o paramotor – esporte
aéreo regulamentado
pela Agência Nacional de
Aviação (Anac) e concedido
a Associação Brasileira de
Paramotor (ABPM) e Associação
Brasileira de Ultraleves
(ABUL). Contrataram
um instrutor e formaram,
com cinco alunos, a primeira
turma de Uruguaiana. Já
com 350 horas de voo e com
cursos de piloto avançado
e simulação de incidentes
de voos, Luciano é um piloto
experimentado, sendo
filiado as duas associações
concedentes.
EM CANDIOTA – Como
dito, ele leva a paixão por
onde anda, ou melhor, por
onde voa. Com o equipamento
formado por um
conjunto de motor e asa –
que lembra um paraquedas
(acoplado tem uma cadeira),
que pesa cerca de 28kg
e que vai em suas costas
(uma espécie de mochila),
é que ele enxerga o mundo
e Candiota do alto.
Na Capital Nacional
do Carvão, o paramotor
dele já foi visto em quatro
ocasiões sobrevoando a
cidade. A denominação carinhosa
‘drone humano’ foi
atribuída esta semana a ele
pela fan page da Prefeitura
no Facebook, que levantou
curiosidade de quem seria a
pessoa à bordo.
Segundo Luciano, as
decolagens e aterrissagens
em Candiota acontecem de
um terreno nos fundos da
empresa Transbalta (próximo
ao Hotel Dal Cortivo)
e também da estância Bela
Vista (próximo ao aeroporto).
No feriado de 20
de setembro, ele chamou
a atenção tanto quanto os
cavaleiros que desfilaram na
avenida 24 de Março.
SEGURANÇA – O piloto
fez questão de frisar que
tudo é feito dentro de normas
rígidas e padrões de
procedimentos regulamentados.
“Quem olha, nos
chama de loucos, porém
nossos voos são feitos com
máxima segurança e por
quem possui instrução para
isso”, assinala, lembrando
que até a altura dos voos é
regulamentada.
Por exemplo, conforme
ele, se o motor falhar,
o equipamento possui uma
excelente razão de planeio –
para cada metro que afunda
(desce), ele se desloca oito
metros para frente. “Com
isso, é possível pousar em
segurança e longe da concentração urbana”, revela.
Provando que o esporte
é mesmo seguro, Luciano,
vez por outra, leva
consigo uma de suas duas filhas
e até seu pai, através de
outro equipamento chamado
Trike (com capacidade para
duas pessoas). “Já contagiei
também a família com a paixão
pela aviação”, brinca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário