sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 27 de outubro de 2017


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Aviação: Sobrevoando Candiota
O TP descobriu quem é e entrevistou o piloto de paramotor que anda sobrevoando a cidade e chamando a atenção de todos

Acabou o mistério de quem é o ‘drone humano’, que é visto seguidamente sobrevoando os céus de Candiota. A reportagem do Tribuna do Pampa conversou esta semana com o piloto de paramotor Luciano Martins Ávila, de 44 anos. 

O santamariense, mas que há quase 30 anos mora em Uruguaiana, além de piloto e dono de uma empresa de usinagem industrial, também é um exímio cozinheiro. Foi na cozinha do Restaurante Candiota, anexo ao Posto do Nico, na sede de Candiota, que o TP entrevistou Luciano, enquanto ele fazia uma galinhada para um grupo de amigos que jantam juntos todas as quartas-feiras no local. Ele está atuando no canteiro de obras da UTE Pampa Sul e já havia estado na cidade anteriormente, quando trabalhou na Fase C da Usina de Candiota. Contudo, a sua paixão por voar sempre vem junto com ele, literalmente. 

O SONHO DE VOAR – Luciano é daqueles que alimenta o eterno sonho humano de voar. Desde criança foi fascinado pela aviação. Tanto que o aeromodelismo era uma de suas paixões. “Com os aeromodelos sonhava um dia voar de verdade”, conta. Em 2013, com outros três amigos, Luciano descobriu o paramotor – esporte aéreo regulamentado pela Agência Nacional de Aviação (Anac) e concedido a Associação Brasileira de Paramotor (ABPM) e Associação Brasileira de Ultraleves (ABUL). Contrataram um instrutor e formaram, com cinco alunos, a primeira turma de Uruguaiana. Já com 350 horas de voo e com cursos de piloto avançado e simulação de incidentes de voos, Luciano é um piloto experimentado, sendo filiado as duas associações concedentes. 

EM CANDIOTA – Como dito, ele leva a paixão por onde anda, ou melhor, por onde voa. Com o equipamento formado por um conjunto de motor e asa – que lembra um paraquedas (acoplado tem uma cadeira), que pesa cerca de 28kg e que vai em suas costas (uma espécie de mochila), é que ele enxerga o mundo e Candiota do alto. Na Capital Nacional do Carvão, o paramotor dele já foi visto em quatro ocasiões sobrevoando a cidade. A denominação carinhosa ‘drone humano’ foi atribuída esta semana a ele pela fan page da Prefeitura no Facebook, que levantou curiosidade de quem seria a pessoa à bordo. Segundo Luciano, as decolagens e aterrissagens em Candiota acontecem de um terreno nos fundos da empresa Transbalta (próximo ao Hotel Dal Cortivo) e também da estância Bela Vista (próximo ao aeroporto). No feriado de 20 de setembro, ele chamou a atenção tanto quanto os cavaleiros que desfilaram na avenida 24 de Março. 

SEGURANÇA – O piloto fez questão de frisar que tudo é feito dentro de normas rígidas e padrões de procedimentos regulamentados. “Quem olha, nos chama de loucos, porém nossos voos são feitos com máxima segurança e por quem possui instrução para isso”, assinala, lembrando que até a altura dos voos é regulamentada. Por exemplo, conforme ele, se o motor falhar, o equipamento possui uma excelente razão de planeio – para cada metro que afunda (desce), ele se desloca oito metros para frente. “Com isso, é possível pousar em segurança e longe da concentração urbana”, revela. Provando que o esporte é mesmo seguro, Luciano, vez por outra, leva consigo uma de suas duas filhas e até seu pai, através de outro equipamento chamado Trike (com capacidade para duas pessoas). “Já contagiei também a família com a paixão pela aviação”, brinca.

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