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Copelmi anuncia que trabalha para participar do leilão de
energia em 2020 com o projeto da UTE Nova Seival em
Candiota
O anúncio foi durante a reunião de trabalho para debater o futuro do carvão
mineral, promovido pela Prefeitura de Candiota e o Cideja
A Copelmi Energia, subsidiária da Copelmi Holding, já trabalha firme para a obtenção da
licença ambiental prévia (LP) junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos
Renováveis (Ibama), com o intuito de participar, já em 2020, do leilão de energia A-6, com
o projeto da Usina Termelétrica (UTE) Nova Seival, que está projetada para ser construída
em Candiota.
O anúncio foi feito pelo engenheiro de minas e diretor de Operações da Copelmi,
Alexandre Grigoriev, durante apresentação na reunião de trabalho promovida pela
Prefeitura de Candiota e pelo Consórcio Púbico Intermunicipal de Desenvolvimento
Econômico e Social dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja), na tarde desta
terça-feira (17), no Centro de Eventos de Candiota. “O objetivo do encontro era justamente
esse, de debatermos as possibilidades do carvão mineral e fomos agraciados com este
anúncio importante durante o evento”, assinalou o prefeito Adriano dos Santos.
Segundo o gerente de Controle da Copelmi, Nelson Kadel Júnior, a empresa ainda aguarda
orientações do Ibama de como será todo o encaminhamento da LP, como por exemplo se
haverá necessidade de se fazer audiências públicas.
DE VOLTA PARA A COPELMI – Um longo caminho foi percorrido até que o projeto
chegasse no estágio que está hoje. Vale lembrar que a Copelmi possui concessão de lavra
de carvão em Candiota desde 1994 – quando arrendou a mina pertencente à Companhia
Nacional de Mineração Candiota (CNMC) e, atualmente, através da sua subsidiária Seival
Sul Mineração (SSM), abastece de carvão a UTE Pampa Sul.
Segundo Grigoriev, o projeto da nova usina, originalmente batizado de Seival, teve
parceria da Copelmi com a alemã Steag no início dos anos 2000. Com a desistência da
Steag devido a demora burocrática, se pensou na construção da usina para abastecer
somente o Uruguai. Naquele momento o projeto foi vendido para a antiga Tractebel (hoje
Engie e dona da UTE Pampa Sul).
Conforme relata Grigoriev, nesta época, o então megaempresário Eike Batista,
desenvolveu um projeto denominado de UTE MPX Sul e em seguida comprou o projeto
Seival da Tractebel, ficando com dois projetos de usinas em Candiota. Em 2013, Eike
estava pronto para participar do leilão, porém o preço-teto naquele ano foi muito baixo e
não houve participação de nenhum projeto a carvão no leilão. No final daquele ano, o
empresário começou a ter problemas econômicos e com a Justiça. Em 2014, por conta
disso, não participou do leilão e a Tractebel, com um projeto novo, a UTE Pampa Sul (hoje
em operação), conseguiu vender energia no leilão A-5 daquele ano. “Neste sentido, a
Copelmi readquiriu o projeto Seival, o rebatizando de Nova Seival e fazendo alterações
técnicas, como por exemplo, mudando a tecnologia de subcrítica para supercrítica, o que
garante uma eficiência de 40% na retenção de dióxido de carbono (CO2)”, pondera.
Assim, agora o projeto pertence novamente e somente a Copelmi Energia, mas que busca
parceiros para a efetivação. “Acreditamos que, por tudo que estamos fazendo, a LP deve ser emitida até o primeiro trimestre de 2020, o que é uma etapa bem importante para
participarmos do leilão A-6 no que vem”, explica o diretor.
O PROJETO – Com investimento estimado em 1,8 bilhão de dólares – R$ 7,35 bilhões
(em cotação desta semana), o projeto da UTE Nova Seival possui capacidade instalada de
727 megawatts (MW) – duas caldeiras de 363,5 MW cada.
Como já mencionado, possui tecnologia supercrítica e tem previsão de gerar 4 mil
empregos na construção e 600 na operação (complexo usina-mina). A nova usina será
construída junto a mina da Seival Sul Mineração, que fica próxima a BR-293, na localidade
de Seival (veja mais características e informações no quadro).
CARACTERÍSTICAS E INFORMAÇÕES IMPORTANTES DA UTE NOVA
SEIVAL
* Capacidade instalada de 727 MW (duas caldeiras de 363,5 MW)
* Investimento de US$ 1,3 bilhão – estratégico para a segurança energética do Sul
* Criação de mais de 4 mil empregos na construção e 600 na fase de operação (UTE e
mina)
* Combustível nacional competitivo: CVU < 80 R$/MWh
* Carvão será suprido pela Mina Seival, com reservas suficientes para atender até 2 GW
por mais de 25 anos
* Tecnologia supercrítica: eficiência de 40%
* UTE localizada na boca de mina, que é a céu aberto
* Em processo de licenciamento ambiental no Ibama
* Participação no leilão A-6 de, 2020 com entrada em operação comercial prevista para
janeiro de 2026
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