RS ganha uma nova usina térmica, que poderá ter de operar pela metade
A Pampa Sul, da Engie (ex-Tractebel), representa investimento de R$2 bilhões, tem capacidade de gerar 34 megawatts (MW) e vai gerar cem empregos diretos
Até o final de junho, deve entrar no sistema a energia gerada na Pampa Sul, térmica abastecida a carvão em
Candiota, Fronteira Oeste. Usinas abastecidas com combustível fóssil não entravam em operação no Estado desde
a década de 1990. A Pampa Sul, da Engie (ex-Tractebel), representa investimento de R$ 2 bilhões, tem capacidade
para gerar 345 megawatts (MW) e vai gerar cem empregos diretos. Está em testes desde terça-feira, inclusive para
ter sincronia com o sistema de transporte da energia.
– Temos um mês e pouquinho pela frente, devemos entrar em operação comercial até o final de junho – confirma
José Laydner, diretor de diretor de geração da Engie Brasil Energia.
Na semana passada, técnicos do Ibama (a área é de fronteira) estiveram revisando a térmica para preparar a
concessão de licença de operação, etapa final de licenciamento ambiental.
Como houve atraso nas obras de reforço do sistema de transmissão (transporte) de energia no Estado, previsto
no Lote A, que foi abandonado por um investidor chinês, a Pampa Sul enfrentará restrições.
Conforme
Laydner, será possível operar a pleno na maior parte do tempo. Mas admite:
– Em alguns períodos, usaremos metade da capacidade. Talvez com frequência menor seja preciso sair (desligar),
porque não é possível operar de forma contínua com carga menor do que a metade.
A Pampa Sul compra carvão da mineradora privada Copelmi, com flexibilidade de fornecimento já prevista em
contrato.
O executivo afirma que a planta tem “tecnologia bem avançada”, com limites de emissão de poluentes
“bem restritos”. Laydner descarta qualquer risco de chuva ácida ou outro tipo de contaminação ambiental,
lembrando que o Ibama exigiu avaliação da “bacia aérea” da região de Candiota, constatando que há condições
para várias usinas
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