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Candiota: Mobilização em prol da manutenção da unidade do Senai
Legislativo entregará carta de intenções e abaixo-assinado à direção da Fiergs
Uma audiência pública foi promovida
na tarde de quarta-
-feira, 30, no Legislativo
candiotense. O debate foi
proposto pela vereadora
Giselma Pereira (PT) para
tratar sobre o fechamento
da unidade do Serviço Nacional
de Aprendizagem
Industrial (Senai-RS) no
município. O evento reuniu
mais de 40 pessoas, entre
comunidade, vereadores e
secretários municipais. O
superintendente da Mina
de Candiota, que pertence
à Companhia Riograndense
de Mineração (CRM),
André Felipe Rodrigues,
participou da atividade. A
CRM foi a única empresa
da cidade que contou com
representante na audiência.
Giselma destacou que
representantes do Sistema
Fiergs (Federação das
Indústrias do Estado do
Rio Grande do Sul) foram
convidados para participar
da atividade, no entanto
informaram que estavam
sem disponibilidade de
tempo e, por isso, não
poderiam estar presentes.
No momento, está
em andamento na cidade
o curso auxiliar de mecânico
de manutenção
de máquinas industriais
– aprendizagem básica,
com término previsto para
fevereiro de 2017. Vinte
alunos estão participando
da capacitação. Em reportagem
publicada no Jornal Tribuna do Pampa, no
final de agosto deste ano, o
diretor regional do Senai-
-RS, Carlos Artur Trein,
confirmou que a unidade
do órgão no município será
fechada após a conclusão
do curso.
Conforme a Assessoria
de Comunicação do
Sistema Fiergs, o Senai-
-RS continuará atendendo
a cidade de Candiota, mas
por meio de outras modalidades
e metodologias, ou
seja, através do ensino a
distância e com as unidades
móveis do Senai. De
acordo com a instituição,
isso possibilitará ampliar
a oferta de cursos.
Com o fechamento da
unidade, Bagé é a cidade mais
próxima da Capital Nacional
do Carvão que conta com estrutura
física do Senai. Porém,
os vereadores lembraram na
audiência que o município
mais industrializado da região
é Candiota, sendo então esse
que deve dispor de uma
unidade da instituição.
TENTATIVA
Giselma discorda
da decisão da Fiergs. No
caso dos cursos oferecidos
pelo Senai na cidade, que
são na área metalmecânica,
ela defende o ensino presencial.
Se a unidade, que
funciona atualmente em
frente ao Centro Cultural,
for fechada, a parlamentar
questiona: “O que nós vamos
pensar para os nossos
jovens de 14 a 24 anos”.
Na esperança de reverter
à decisão da Fiergs,
a vereadora informou que
a câmara está elaborando
uma carta de intenções em
prol do não fechamento da
unidade. Segundo ela, algumas
indústrias instaladas
no município já manifestaram
apoio e as outras que
ainda não deram retorno serão contatadas novamente.
“A CDL (Câmara de Dirigentes
Lojistas de Candiota)
e a Afucan (Associação
dos Funcionários da Mina
de Candiota) nos enviaram
cartas de apoio”, destacou
Giselma, acrescentando
que, além das empresas que
ainda não manifestaram
suas opiniões a respeito
do assunto, o Legislativo
está aguardando retorno da
prefeitura e do Consórcio
Público Intermunicipal de
Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental
dos Municípios da Bacia
do Rio Jaguarão (Cideja).
Assim que todo o
material for reunido, a
vereadora comunica que
a carta será entregue à direção
da Fiergs, cuja sede
fica em Porto Alegre, junto
com um abaixo-assinado
que irá circular neste mês
nas escolas em defesa da
manutenção da unidade no
município. A elaboração do
documento coletivo foi sugerida
pelo membro da Juventude
do PT de Candiota,
Axel Costa, que prestigiou
a audiência. E por sugestão
do presidente da câmara de
vereadores, Valmir Cougo
(PT), os edis candiotenses
vão buscar o apoio dos
deputados estaduais.
Giselma disse que a
carta reforçará a moção de
apelo que ela e o vereador
Guilherme Barão (PDT)
entregaram na Fiergs, em
agosto deste ano. “A moção
foi assinada por todos os
vereadores”, lembrou.
MANIFESTAÇÕES
Durante a audiência
pública, o vereador Gildo
Feijó (PMDB), que é assessor
da Presidência da CRM,
disse que a companhia tem
interesse que a unidade
do Senai permaneça no
município, sendo a maior
cotista da instituição na
unidade mineira de Candiota.
De acordo com ele,
são 26 cotas. “Além de ser
um investimento na juventude,
é um investimento no
social”, comentou.
O vereador Guilherme
Barão (PDT) disse que é
importante conversar com a
diretoria da Companhia de
Geração Térmica de Energia
Elétrica (CGTEE) sobre
o assunto. “A CGTEE hoje
sobrevive de Candiota, ela
tem que investir em Candiota”,
assinalou.
O secretário municipal
de Planejamento, Alexandre
Vedooto, informou
que a CGTEE e a Engie
Brasil Energia, que está
construindo em Candiota a
Usina Termelétrica Pampa
Sul (Miroel Wolowski),
têm cadeiras permanentes
na Fiergs. Segundo ele, é
importante buscar o apoio
dessas empresas para que a
unidade do Senai continue
funcionando no município.
Vedooto lembrou que a
prefeitura colocou à disposição
do Senai o prédio
do antigo mercado para a
realização das aulas práticas.
No entanto, a equipe da
instituição ocupou o espaço
por cerca de 40 dias, mas
não quis permanecer no
local, alegando contenção
de custos.
O presidente do
Legislativo candiotense,
Valmir Cougo (PT), ressaltou
que a qualificação dos
jovens é algo que não se
pode abrir mão em hipótese
alguma.
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