sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 02 de dezembro de 2016


LEIA A NOTÍCIA:
Candiota: Mobilização em prol da manutenção da unidade do Senai
Legislativo entregará carta de intenções e abaixo-assinado à direção da Fiergs

Uma audiência pública foi promovida na tarde de quarta- -feira, 30, no Legislativo candiotense. O debate foi proposto pela vereadora Giselma Pereira (PT) para tratar sobre o fechamento da unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) no município. O evento reuniu mais de 40 pessoas, entre comunidade, vereadores e secretários municipais. O superintendente da Mina de Candiota, que pertence à Companhia Riograndense de Mineração (CRM), André Felipe Rodrigues, participou da atividade. A CRM foi a única empresa da cidade que contou com representante na audiência. Giselma destacou que representantes do Sistema Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul) foram convidados para participar da atividade, no entanto informaram que estavam sem disponibilidade de tempo e, por isso, não poderiam estar presentes. No momento, está em andamento na cidade o curso auxiliar de mecânico de manutenção de máquinas industriais – aprendizagem básica, com término previsto para fevereiro de 2017. Vinte alunos estão participando da capacitação. Em reportagem publicada no Jornal Tribuna do Pampa, no final de agosto deste ano, o diretor regional do Senai- -RS, Carlos Artur Trein, confirmou que a unidade do órgão no município será fechada após a conclusão do curso. 
Conforme a Assessoria de Comunicação do Sistema Fiergs, o Senai- -RS continuará atendendo a cidade de Candiota, mas por meio de outras modalidades e metodologias, ou seja, através do ensino a distância e com as unidades móveis do Senai. De acordo com a instituição, isso possibilitará ampliar a oferta de cursos. Com o fechamento da unidade, Bagé é a cidade mais próxima da Capital Nacional do Carvão que conta com estrutura física do Senai. Porém, os vereadores lembraram na audiência que o município mais industrializado da região é Candiota, sendo então esse que deve dispor de uma unidade da instituição.

TENTATIVA
Giselma discorda da decisão da Fiergs. No caso dos cursos oferecidos pelo Senai na cidade, que são na área metalmecânica, ela defende o ensino presencial. Se a unidade, que funciona atualmente em frente ao Centro Cultural, for fechada, a parlamentar questiona: “O que nós vamos pensar para os nossos jovens de 14 a 24 anos”. Na esperança de reverter à decisão da Fiergs, a vereadora informou que a câmara está elaborando uma carta de intenções em prol do não fechamento da unidade. Segundo ela, algumas indústrias instaladas no município já manifestaram apoio e as outras que ainda não deram retorno serão contatadas novamente. “A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Candiota) e a Afucan (Associação dos Funcionários da Mina de Candiota) nos enviaram cartas de apoio”, destacou Giselma, acrescentando que, além das empresas que ainda não manifestaram suas opiniões a respeito do assunto, o Legislativo está aguardando retorno da prefeitura e do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja). Assim que todo o material for reunido, a vereadora comunica que a carta será entregue à direção da Fiergs, cuja sede fica em Porto Alegre, junto com um abaixo-assinado que irá circular neste mês nas escolas em defesa da manutenção da unidade no município. A elaboração do documento coletivo foi sugerida pelo membro da Juventude do PT de Candiota, Axel Costa, que prestigiou a audiência. E por sugestão do presidente da câmara de vereadores, Valmir Cougo (PT), os edis candiotenses vão buscar o apoio dos deputados estaduais. Giselma disse que a carta reforçará a moção de apelo que ela e o vereador Guilherme Barão (PDT) entregaram na Fiergs, em agosto deste ano. “A moção foi assinada por todos os vereadores”, lembrou.

MANIFESTAÇÕES
Durante a audiência pública, o vereador Gildo Feijó (PMDB), que é assessor da Presidência da CRM, disse que a companhia tem interesse que a unidade do Senai permaneça no município, sendo a maior cotista da instituição na unidade mineira de Candiota. De acordo com ele, são 26 cotas. “Além de ser um investimento na juventude, é um investimento no social”, comentou. O vereador Guilherme Barão (PDT) disse que é importante conversar com a diretoria da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) sobre o assunto. “A CGTEE hoje sobrevive de Candiota, ela tem que investir em Candiota”, assinalou. O secretário municipal de Planejamento, Alexandre Vedooto, informou que a CGTEE e a Engie Brasil Energia, que está construindo em Candiota a Usina Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski), têm cadeiras permanentes na Fiergs. Segundo ele, é importante buscar o apoio dessas empresas para que a unidade do Senai continue funcionando no município. Vedooto lembrou que a prefeitura colocou à disposição do Senai o prédio do antigo mercado para a realização das aulas práticas. No entanto, a equipe da instituição ocupou o espaço por cerca de 40 dias, mas não quis permanecer no local, alegando contenção de custos. O presidente do Legislativo candiotense, Valmir Cougo (PT), ressaltou que a qualificação dos jovens é algo que não se pode abrir mão em hipótese alguma.

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