sábado, 24 de outubro de 2015

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 24 a 26 de outubro de 2015



LEIA A NOTÍCIA:
Reabertura de mina de carvão para abastecer UTE Pampa Sul gera mais empregos e investimentos na região
Seival Sul Mineração investirá mais de R$ 103 milhões para colocar o local em funcionamento

A partir de abril de 2016, a expectativa é que a estrada que liga o bairro João Emílio à localidade de Seival, em Candiota, esteja ainda mais movimentada. Cerca de dois quilômetros depois do bairro em direção à localidade está para ser reaberta a mina de carvão mineral, da Seival Sul Mineração, que irá
fornecer combustível para Usina Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski), da Tractebel Energia. A usina está em fase inicial de construção e terá 340 megawatts de potência, devendo entrar em operação comercial em janeiro de 2019. "Esse financiamento vem para dar prioridade ao projeto de reabertura da mina, que começará em abril de 2016. A obra vai até janeiro de 2018, quando começaremos a suprir a usina para testes", informou o presidente da Seival Sul Mineração, Cesar Weinschenck de Faria, na manhã de quinta-feira, 22, durante a assinatura do protocolo de intenções
com o governo do Estado, para implantação de mina e de uma unidade de britagem e processamento de carvão mineral em Candiota. Ele lembrou que como os reservatórios hídricos estão com sua capacidade reduzida, o carvão se apresenta como alternativa para garantir o abastecimento energético. A Seival Sul Mineração investirá R$ 103,2 milhões na obra, tendo como agente financeiro o Banrisul. A previsão é que a mina entre em operação no início de 2019 e gere 1.436 empregos, entre diretos e indiretos. A produção da Mina de Seival está projetada para atingir a produção anual máxima de 2,8 milhões de toneladas de produto e 3,2 milhões de toneladas de minério bruto. As reservas comprovadas da mina são 152 milhões de toneladas de carvão mineral. Já os recursos totais certificados chegam a 610 milhões de toneladas de carvão, segundo intenso programa de sondagem e
pesquisas realizadas na área e certificadas pelo John T. Boyd Company.
Durante a assinatura do protocolo, o governador José Ivo Sartori (PMDB) disse que a exploração do carvão no Estado avança em mais uma frente. "Explorar esse minério representa a possibilidade de abrirmos uma nova rota de solução para um dos gargalos para a expansão industrial do Rio Grande do Sul", avaliou. O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, afirmou que com essa iniciativa, o Estado está cumprindo com o seu papel de fomentador do desenvolvimento. "O Rio Grande do Sul
possui 90% das reservas de carvão mineral do país e ainda aproveita muito pouco esta riqueza. Com este e outros empreendimentos que estão chegando ao Estado, usando como matéria-prima o carvão, estamos mudando esta realidade, o que, consequentemente, também vai impactar positivamente na
economia, especialmente dos municípios do Sul do Estado", ressaltou.

CONTRIBUIÇÃO IMPORTANTE - O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, avaliou que o empreendimento da Seival Sul Mineração vai contribuir para um projeto importante, que é do leilão de energia. "Vamos usar isso e potencializar o Estado, gerando energia no momento em que o país precisa. O Estado vai ocupar melhor esse espaço, utilizando o carvão com tecnologia avançada e entrando como facilitador. O protocolo de intenções auxilia a empresa, desonerando os equipamentos que vão ser usados no processo", explicou Branco.

SAIBA MAIS - Com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através do Banrisul, as obras na mina serão executadas de 2016 até 2018. A operação comercial está prevista para 2019. Cerca de 49% do total do investimento de mais de R$ 103 milhões serão empregados na preparação da infraestrutura da mina e 49% na aquisição de equipamentos. Atualmente, a participação do carvão mineral na matriz energética é da ordem de 3%. Ao analisar o projeto, o secretário Fábio Branco assinalou que o Estado atua como facilitador para atender o empreendimento e destacou a desoneração fiscal para os equipamentos adquiridos no Rio Grande do Sul. 

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