sábado, 3 de outubro de 2015

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) 03 a 05 de outubro de 2015


LEIA A MATÉRIA:
Seminário encerra com lançamento de projeto de nova cantina em Candiota

As atividades do 10º Seminário de Vitivinicultura da Metade Sul do RS encerraram nesta sexta-feira, 2, em Candiota. Os participantes do evento visitaram, pela manhã, a sede da Batalha Vinhas e Vinhos, que fica às margens da BR-293, no quilômetro 144. Após degustarem os espumantes produzidos pela vinícola, eles conheceram - conforme antecipado aqui no TP no último sábado -, o projeto voltado ao enoturismo que a empresa, fundada em 2010, espera concluir dentro de cinco anos. Trata-se da construção de uma cantina, que será a sede definitiva da vinícola e contará com pavilhão
industrial e espaço reservado para a gastronomia, degustação de vinhos e a realização de eventos. "Vamos estar preparados para receber grupos de pessoas de 30 em 30 minutos. O espaço gourmet foi projetado para 100 pessoas sentadas", destacou o sócio-gerente da empresa, Giovâni Silveira Peres, lembrando que o local onde a vinícola está instalada é estratégico para atrair turistas. "Temos o porto de Rio Grande, Pelotas e a Usina (Termelétrica) Pampa Sul sendo construída aqui, o fluxo é muito bom", avaliou. 
A terraplenagem do terreno onde será erguida a cantina iniciou no dia 1º. A sede definitiva da Batalha Vinhas e Vinhos ficará na mesma área onde hoje funciona a vinícola provisória. Giovâni ressaltou que almeja, juntamente com os seus sócios Gilberto e Felipe Pozzan (pai e filho), que a cantina seja um dos pontos turísticos mais visitados da Campanha gaúcha. Além disso, os empresários querem
passar de 6,5 para 15 hectares de vinhedos próprios, envasar mais de 120 mil garrafas de vinhos finos por ano na própria vinícola e ser marca reconhecida como padrão de qualidade de vinhos finos no mercado brasileiro. Com as uvas colhidas na safra deste ano, a vinícola candiotense produziu 15 mil garrafas de espumantes e vinhos finos, que, até então, são comercializados apenas no mercado nacional. Mas a empresa planeja começar a exportá-los a partir do próximo ano.
Giovâni divulgou ainda que dentro de 30 dias haverá no local um ponto de venda dos produtos da vinícola. 
O executivo preside a Associação Vinhos da Campanha, que visa a expansão da vitivinicultura na região. A entidade é formada por 17 produtores, de Candiota a Itaqui, na Fronteira Oeste do Estado. O prefeito de Candiota e presidente da Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs), Luiz Carlos Folador, lembrou que a Espanha passou por uma crise muito grande e o país conseguiu se recuperar economicamente graças ao turismo. Ele aproveitou a ocasião para dizer que se sente honrado em ter sido o primeiro presidente do Comitê de Fruticultura da Metade Sul, fundado em abril de 1997. "A gente iniciou esse projeto com 25 municípios. Muitos diziam que isso não daria certo.
Fomos a Brasília, na Serra gaúcha e fomos construindo. Queremos transformar a nossa região", disse ele, destacando que, além da vitivinicultura, a intenção é que haja projetos térmicos voltados ao carvão mineral, mas também a energia eólica, solar e biomassa.
CULTURA DO VINHO - Presente no lançamento do projeto de uma nova vinícola na região da Campanha, o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Paviani, afirmou estar orgulhoso que o projeto da vinícola definitiva da Batalha já nasceu voltado para o turismo. "A cada novo empreendimento, estamos conquistando novos consumidores e novos "soldados" na disseminação da cultura do vinho", disse. Segundo ele, o consumo de vinho no Brasil
é de dois litros per capita ano, o de cachaça é de 12 litros e o de cerveja, 80 litros. Paviani ressalta que mesmo havendo redução no consumo do vinho nos países europeus, como Itália e Espanha, por mudança de hábitos, a ingestão da bebida nesses países é superior a 30 litros per capita ano.
QUALIDADE - O 10º Seminário de Vitivinicultura da Metade Sul iniciou no dia 1º de outubro e contou com palestras técnicas no complexo cultural do Museu Dom Diogo de Souza, em Bagé. Participaram do evento vitivinicultores, pesquisadores, técnicos, professores, estudantes e lideranças técnicas, setoriais e políticas. "Ficamos muito satisfeitos. Tivemos palestras de alto nível. O ponto
central foi a qualidade das uvas e dos vinhos finos produzidos na região", informou o presidente do Comitê de Fruticultura da Metade Sul, Adelino Luiz dos Santos. "Estávamos apreensivos economicamente, mais conseguimos parceiros para promovero evento", ressaltou, citando os nomes dos patrocinadores do seminário, que são Ibravin, prefeituras de Bagé e de Candiota, Câmara de Vereadores de Bagé, Federação da Agricultura do RS (Farsul), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja).

Nenhum comentário:

Postar um comentário