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CARVÃO 1
O Jornal do Comércio publicou nesta segunda-feira (13), uma reportagem reforçando
que o governo federal segue firme na intenção de lançar uma política pública específica
para o carvão mineral. Segundo o jornal, uma pauta que o setor carbonífero vem
defendendo nos últimos anos como uma alternativa para que o segmento não fique
estagnado está mais próxima de se tornar realidade. Conforme o presidente da
Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, a perspectiva é que
o governo federal lance, ainda neste primeiro quadrimestre do ano, um programa de
modernização do parque termelétrico abastecido com carvão nacional.
CARVÃO 2
O dirigente salientou ao jornalista Jefferson Klein, que existe o interesse do governo
brasileiro e do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre o tema. Zancan
explica que a meta é dar condições para que as térmicas a carvão mais antigas ou que já
foram até mesmo desativadas (como fases A e B do complexo térmico de Candiota e as
usinas de Charqueadas e São Jerônimo) sejam substituídas por equipamentos mais
modernos, eficientes e com índices menores de emissões. “O programa tem que gerar as
condições para atrair investidores que venham fazer os projetos”, enfatiza.
CARVÃO 3
Um ponto que está sendo discutido é a forma de comercialização dessa nova energia
(através de leilão específico por fonte, certame regional ou outras opções) e onde a
geração térmica será restituída. “Entendemos que, se você tirou uma parcela de energia
do Rio Grande do Sul, essa energia tem que ser reposta no Estado; se for tirada de Santa
Catarina, repõe lá”, comenta o presidente da ABCM. Zancan defende que o programa
deva viabilizar uma geração de 1,8 mil MW a carvão, dividi dos entre Santa Catarina e
Rio Grande do Sul (regiões que praticamente concentram a totalidade das reservas do
mineral no Brasil). Esse volume de energia seria suficiente para atender a quase metade
da demanda gaúcha de eletricidade. Apesar dessas possibilidades, o dirigente ressalta
que a forma do programa será determinada pelo governo federal.
CARVÃO 4
A UTE Pampa Sul foi o último empreendimento com carvão nacional a ter sucesso em
um leilão de energia no país (em 2014). A entrada em operação da térmica no ano
passado é apontada pelo presidente da ABCM como o fato mais importante que
aconteceu em 2019 para o setor carbonífero. Zancan recorda que, em abril, começa a
disputa de leilões de energia em 2020. O dirigente também lembra que o contrato da
usina Candiota 3 terminará ao final de 2024, e esse complexo pode aproveitar algum
certame agora para garantir fornecimento de energia após o fim da validade do acordo
vigente.
CARVÃO 5
O dirigente, na reportagem, não descarta que outros projetos a carvão, que ainda
precisam ser construídos, como o do grupo Ouro Negro, possam concorrer nessas
disputas. A térmica Ouro Negro, a ser implementada no município de Pedras Altas, tem
previsão para uma capacidade instalada para gerar até 600 MW. No entanto, o
presidente da ABCM admite que uma dificuldade a ser superada para os empreendimentos a carvão serem bem-sucedidos nos leilões é a competição com outras fontes de
energia, como é o caso do gás natural.
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