sexta-feira, 30 de junho de 2017

Jornal Tribuna do Pampa (Candiota) - 01 de julho de 2017


LEIA A NOTÍCIA:

Greve Geral: Candiota novamente faz a maior manifestação contra as reformas trabalhista e previdenciária
Segundo organização foram cerca de 4 mil trabalhadores paralisados

A movimentação das lideranças e dos movimentos sociais na região começou muito antes do dia amanhecer nesta já também histórica sexta-feira (30). O movimento atendeu o chamado das principais centrais sindicais do País, que convocaram uma nova greve geral, assim como foi em 28 de abril passado. Além de cobrar a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e a convocação de eleições diretas, os movimentos protestaram contra as reformas trabalhista e da Previdência, que estão em tramitação no Congresso. 

CANDIOTA - Sob a liderança dos sindicatos dos Mineiros, dos Eletricitários (Senergisul), dos Municipários (Simca), dos Técnicos Industriais de Nível Médio (Sintec-RS – Delegacia de Candiota) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), como o TP já havia adiantado, os quatro principais acessos do município foram bloqueados, principalmente àqueles que eram caminho para as obras da Usina Termelétrica (UTE) Pampa Sul, na localidade de Seival. Também, a BR-293, no trevo de acesso à cidade (em frente ao posto de combustíveis, na Vila Operá- ria), foi bloqueada de madrugada (por volta das 5h), com fogo em pneus e pela presença dos próprios manifestantes. 

O movimento foi totalmente pacífico e segundo os cálculos dos organizadores, paralisou cerca de quatro mil trabalhadores. A BR foi liberada por volta das 11h, bem como outros dois acessos (João Emílio e Seival), sendo o acesso à rodovia Miguel Arlindo Câmara (MAC), próximo a BR-293 só foi liberado por volta das 13h. 

Na Capital Nacional do Carvão não funcionaram escolas, o transporte público, a Prefeitura e as obras da UTE Pampa Sul foram totalmente paralisadas. A Usina de Candiota (CGTEE) teve funcionamento parcial. O banco Banrisul não abriu as portas durante o dia e o Sicredi apenas à tarde. Já o Banco do Brasil funcionou normalmente. 

Na avaliação do diretor do Sindicato dos Mineiros de Candiota e integrante da organização, Edson Budó, o movimento foi bastante positivo. “Este é o único jeito que temos para tentar barrar estas reformas. E somente o povo nas ruas para tirar este presidente corrupto de lá”, enfatizou. 

A delegada do Sintec-RS em Candiota, Núbia Lúcio, também avaliou positivamente a mobilização. “Penso que a de agora foi até melhor que a do último dia 28 de abril. Houve mais repercussão e senti mais unidade entre os sindicatos e movimentos sociais. Vamos em frente, nos mantendo assim, unidos, para que não nos tirem nossos direitos”, destaca.

O prefeito de Candiota, Adriano dos Santos (PT), mais uma vez apoiou o movimento se fazendo presente, inclusive. Em seu perfil de Facebook escreveu: "Parabéns a todos que estiveram se mobilizando nesta greve geral. Tenho orgulho de ser brasileiro, pois tenho orgulho de meus pares, trabalhadoras, trabalhadores, agricultoras, agricultores, homens e mulheres deste Brasil, pelos brasileiros e brasileiras que não fogem a luta”.

PIRATINI - Na altura do km 90 da BR-293, no trevo de acesso a Piratini, segundo informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Pelotas, os manifestantes também realizam um bloqueio na estrada, liberando-a ainda pela manhã. Todos os ônibus tanto das linhas Pelotas-Piratini, como Pelotas-Bagé (e vice-versa) ficaram sem circular pela manhã, voltando somente a partir das 13h. 

BAGÉ - Puxados por diversos sindicatos de trabalhadores, aconteceu uma caminhada pela avenida Sete de Setembro até a Praça Silveira Martins, no centro, onde aconteceu um grande ato no final da manhã. Na cidade, bancos, escolas públicas e o transporte coletivo também ficaram paralisados. 

PINHEIRO MACHADO – Na Terra da Ovelha o ato acontece no meio da tarde, em frente a Prefeitura e foi organizado pelo Sindicato dos Municipários (Simpim). Nas demais cidades da região, o jornal não teve acesso e não recebeu nenhuma informação sobre a ocorrência de manifestações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário