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Greve Geral: Candiota novamente faz a maior
manifestação contra as reformas
trabalhista e previdenciária
Segundo organização foram cerca de 4 mil trabalhadores paralisados
A movimentação das
lideranças e dos movimentos sociais na
região começou muito antes
do dia amanhecer nesta já
também histórica sexta-feira
(30). O movimento atendeu
o chamado das principais
centrais sindicais do País, que
convocaram uma nova greve
geral, assim como foi em 28
de abril passado. Além de
cobrar a saída do presidente
Michel Temer (PMDB) e
a convocação de eleições
diretas, os movimentos protestaram contra as reformas
trabalhista e da Previdência,
que estão em tramitação no
Congresso.
CANDIOTA - Sob a liderança
dos sindicatos dos Mineiros,
dos Eletricitários (Senergisul),
dos Municipários (Simca),
dos Técnicos Industriais de
Nível Médio (Sintec-RS –
Delegacia de Candiota) e do
Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem-Terra (MST),
como o TP já havia adiantado,
os quatro principais acessos
do município foram bloqueados,
principalmente àqueles
que eram caminho para as
obras da Usina Termelétrica
(UTE) Pampa Sul, na localidade
de Seival. Também, a
BR-293, no trevo de acesso à
cidade (em frente ao posto de
combustíveis, na Vila Operá-
ria), foi bloqueada de madrugada
(por volta das 5h), com
fogo em pneus e pela presença
dos próprios manifestantes.
O movimento foi
totalmente pacífico e segundo
os cálculos dos organizadores,
paralisou cerca de quatro
mil trabalhadores. A BR foi
liberada por volta das 11h,
bem como outros dois acessos
(João Emílio e Seival), sendo
o acesso à rodovia Miguel
Arlindo Câmara (MAC), próximo a BR-293 só foi liberado
por volta das 13h.
Na Capital Nacional
do Carvão não funcionaram
escolas, o transporte público, a Prefeitura e as obras
da UTE Pampa Sul foram
totalmente paralisadas. A
Usina de Candiota (CGTEE)
teve funcionamento parcial.
O banco Banrisul não abriu
as portas durante o dia e o
Sicredi apenas à tarde. Já o
Banco do Brasil funcionou
normalmente.
Na avaliação do diretor do Sindicato dos Mineiros de Candiota e integrante
da organização, Edson Budó,
o movimento foi bastante
positivo. “Este é o único jeito
que temos para tentar barrar
estas reformas. E somente o
povo nas ruas para tirar este
presidente corrupto de lá”,
enfatizou.
A delegada do Sintec-RS
em Candiota, Núbia
Lúcio, também avaliou positivamente
a mobilização.
“Penso que a de agora foi até
melhor que a do último dia 28
de abril. Houve mais repercussão
e senti mais unidade
entre os sindicatos e movimentos
sociais. Vamos em
frente, nos mantendo assim,
unidos, para que não nos tirem
nossos direitos”, destaca.
O prefeito de Candiota,
Adriano dos Santos
(PT), mais uma vez apoiou
o movimento se fazendo
presente, inclusive. Em seu
perfil de Facebook escreveu: "Parabéns a todos que estiveram se mobilizando nesta
greve geral. Tenho orgulho
de ser brasileiro, pois tenho
orgulho de meus pares, trabalhadoras, trabalhadores,
agricultoras, agricultores, homens e mulheres deste Brasil,
pelos brasileiros e brasileiras
que não fogem a luta”.
PIRATINI - Na altura do km
90 da BR-293, no trevo de
acesso a Piratini, segundo
informou a Polícia Rodoviária
Federal (PRF) de Pelotas, os
manifestantes também realizam um bloqueio na estrada,
liberando-a ainda pela manhã.
Todos os ônibus tanto das
linhas Pelotas-Piratini, como
Pelotas-Bagé (e vice-versa)
ficaram sem circular pela
manhã, voltando somente a
partir das 13h.
BAGÉ - Puxados por diversos
sindicatos de trabalhadores,
aconteceu uma caminhada
pela avenida Sete de
Setembro até a Praça Silveira
Martins, no centro, onde aconteceu
um grande ato no final
da manhã. Na cidade, bancos,
escolas públicas e o transporte
coletivo também ficaram
paralisados.
PINHEIRO MACHADO –
Na Terra da Ovelha o ato
acontece no meio da tarde,
em frente a Prefeitura e foi
organizado pelo Sindicato
dos Municipários (Simpim).
Nas demais cidades
da região, o jornal não
teve acesso e não recebeu
nenhuma informação sobre
a ocorrência de manifestações.