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UTE Pampa Sul: Chineses têm vistos cancelados pelo Conselho Nacional de Imigração
Segundo a Gerência Regional do Trabalho e Emprego, eles estavam trabalhando de forma irregular no Brasil
Vinte e seis trabalhadores
chineses que
estavam atuando na
obra de construção da Usina
Termelétrica Pampa Sul
(Miroel Wolowski) tiveram
os vistos cancelados pelo
Conselho Nacional de Imigração
(Cnig), na semana
passada. Durante a fiscalização,
os auditores fiscais
da Gerência Regional do
Trabalho e Emprego, com
sede em Pelotas, encontraram
os profissionais estrangeiros exercendo atividades
nas áreas administrativa
e de engenharia e não de
transferência de tecnologia
ou prestação de serviço de
assistência técnica, funções
que eles informaram que
iriam desempenhar no momento
de obter os vistos.
“Alegaram que viram fazer
uma coisa e estavam fazendo
outra. Só não têm visto
cancelado os trabalhadores
com vínculo de emprego
em empresas brasileiras”, explica o auditor fiscal do
Trabalho, Fábio Lacorte da
Silva. Para as atividades de
transferência de tecnologia,
é concedido visto temporário
ao trabalhador estrangeiro.
A UTE Pampa Sul
é um empreendimento da
Engie que está sendo instalado
na localidade de Seival,
em Candiota, e deverá entrar
em operação comercial em
janeiro de 2019. A nova
usina terá capacidade instalada
de 340 megawatts e
investimento total é de R$
1,8 bilhão.
O gerente socioambiental
da UTE Pampa
Sul, Hugo Roger Stamm, diz
que a Pampa Sul defende o
cumprimento da legislação
brasileira e, desde o início
dos contatos com fornecedores
chineses, enfatizou
a necessidade de legalizar
os vistos de trabalho no
Brasil. “A UTE Pampa Sul
foi informada que, antes de
iniciar a obra, os mesmos
seriam regularizados. A UTE
Pampa Sul tem mais de 1,4
mil trabalhadores e a grande
maioria é de brasileiros
(mais de 98%) sendo, desses,
mais de 80% gaúchos.
Os 26 trabalhadores chineses
autuados pertencem à
empresa responsável pela
construção da usina (a chinesa
SDEPCI)”, destaca
Stamm, mencionando que a
UTE Pampa Sul tem consciência da situação de retração
do mercado de trabalho e da
crise econômica atual, mas,
apesar disso, está investindo
mais de R$ 1,8 bilhão na
região Sul do estado do Rio
Grande do Sul, visando o
desenvolvimento econômico,
tecnológico e abrindo
uma grande quantidade de
vagas de trabalho. “Adicionalmente,
patrocinamos
aproximadamente 30 cursos
de qualificação/capacitação
profissional e cursos pós-
-técnicos para operação e
manutenção de usinas termelétricas
em parceria com
o Senai-RS (Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial).
É sempre importante destacar que, em nenhum
país em desenvolvimento do
mundo, um empreendimento
deste porte seria viabilizado
somente com mão de obra
nacional”, acrescenta o executivo.
Fiscalização também
no canteiro de obras
Entre julho e agosto deste ano, a Gerência Regional
do Trabalho e Emprego embargou as obras da UTE
Pampa Sul e da barragem que está construída para abastecer
a nova termelétrica. O auditor fiscal do Trabalho, Fábio
Lacorte da Silva, informa que as obras já foram desembargadas
porque foram adotadas as medidas de segurança
necessárias. Segundo ele, as interdições ocorreram porque
não havia delimitação no canteiro de obras, tendo em vista
que os trabalhadores estavam circulando no mesmo local
em que as máquinas, havendo risco de queda, atropelamento
ou soterramento dos funcionários.
Stamm informa que a UTE Pampa Sul tem equipe
de segurança na obra, com qualificação e experiência em
projetos e construções de grande porte. De acordo com
ele, essa equipe atua no canteiro de obras da usina e da
barragem como fiscalizadora, sendo composta por um
engenheiro e mais dois técnicos em Segurança do Trabalho,
que são responsáveis por acompanhar as atividades e
supervisionar as demais empresas para a garantia do bom
e seguro andamento das obras. ‘As empresas responsáveis
pelas obras também possuem suas equipes de segurança
qualificada. Todas as medidas de segurança necessárias e
estabelecidas pela legislação vigente vêm sendo atendidas e
cobradas das empresas envolvidas. Para a UTE Pampa Sul,
a segurança e a saúde dos empregados, seus e terceirizados,
é fundamental para o bom andamento das obras”, ressalta
o gerente.
O auditor destaca que a fiscalização na nova usina
ainda está em processo.
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